O poeta espanhol Ángel Campos Pámpano, 51 anos, galardoado com a edição 2008 do Prémio Eduardo Lourenço, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), faleceu hoje, disse fonte deste organismo.
Segundo Alexandra Isidro, coordenadora do CEI, Ángel Campos Pámpano morreu "vítima de complicações pós-cirúrgicas", no Hospital Universitário Infanta Cristina, em Badajoz.
"Apesar desta infeliz ocorrência, a cerimónia de entrega do Prémio Eduardo Lourenço mantém-se, conforme previsto, para o dia 27 de Novembro, pelas 12h00, na Guarda", numa cerimónia com a presença do Presidente da República, adiantou, precisando que o galardão será entregue, a título póstumo, "à Conselheira da Cultura e Turismo da Junta da Extremadura", assinala o CEI.
A Ángel Campos devem-se traduções de destacados poetas portugueses como Fernando Pessoa, António Ramos Rosa, Carlos de Oliveira, Eugénio de Andrade, Sophia de Mello Breyner Andresen, Ruy Belo e Al Berto, entre outros.
O poeta espanhol "interpretou singularmente a Fronteira, entendendo-a como forma de comunicação e não de separação", refere a fonte.
Em 2006 foi-lhe concedido o Prémio de Tradução Giovanni Pontiero pela edição de "Nocturno Mediodía. Antologia Poética (1944-2001)", de Sophia de Mello Breyner.
Em 2005 recebeu o Prémio “Extremadura a la Creación” pelo livro "La semilla en la nieve" e em 2008 o Prémio Eduardo Lourenço, que tem o nome do mentor e presidente honorário do CEI, no valor pecuniário de dez mil euros.
O galardão, que vai na quarta edição, destina-se a distinguir "personalidades ou instituições de língua portuguesa ou língua espanhola que tenham demonstrado intervenção relevante e inovadora na cooperação transfronteiriça e na promoção da identidade e da cultura das comunidades ibéricas".
Este ano, o júri, presidido pelo reitor da Universidade de Salamanca (Espanha), deliberou atribuir o prémio a Ángel Campos Pámpano, cuja candidatura foi apresentada pela Junta da Extremadura.
"O júri valorizou o destacado papel do candidato nas relações e conhecimento cultural luso-espanhol através da tradução, edição e criação poéticas, a par da docência e da dinamização de iniciativas culturais transfronteiriças", segundo o CEI.
Cortesia de O Público
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