O investigador de literatura Vítor Aguiar e Silva foi agraciado com o Prémio D. Dinis 2009, pela obra “A Lira Dourada e a Tuba Canora: Novos Ensaios Camonianos”, publicada pela editora Cotovia. Vítor Manuel Aguiar e Silva é professor, escritor e poeta.
Nasceu em 1939, no concelho de Penalva do Castelo, tendo iniciado os seus estudos no Liceu Nacional de Viseu. O seu percurso académico fez-se depois na Universidade de Coimbra, na qual concluiu o curso de Letras, concretamente em Filologia Românica. Posteriormente, obteve o seu doutoramento em Literatura Portuguesa.
O escritor tem-se ocupado preferencialmente com o estudo da Teoria da Literatura, bem como da Literatura Portuguesa do Maneirismo, do Barroco e do Modernismo. Entre os seus trabalhos publicados encontram-se, por exemplo, as obras “Para uma interpretação do Classicismo”, “Maneirismo e Barroco na Poesia Lírica Portuguesa”, “Teoria da Literatura”, “Competência Linguística e Competência Literária: Sobre a possibilidade de uma poética gerativa”, “Análise e Metodologias Literárias” e “Camões: Labirintos e Fascínios”.
Vítor Aguiar e Silva vai receber um prémio pecuniário no valor de 7.500 euros, depois de o júri, constituído por Nuno Júdice, Vasco Graça Moura e Fernando Pinto do Amaral, ter encontrado na sua obra o mérito exigido para a obtenção de tal distinção. Patrocinado pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas e pela Caixa Geral de Depósitos, o galardão premeia uma obra de poesia, ficção ou ensaio, de preferência publicada no ano anterior ao da sua atribuição. O autor já havia recebido prémios em anos anteriores, dos quais se podem destacar, em 2002, o Prémio Vergílio Ferreira, atribuído pela Universidade de Évora, e o Prémio Vida Literária, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores.
O Prémio D. Dinis é atribuído desde 1981 e todos os anos distingue um vulto da literatura portuguesa. Agustina Bessa Luís, Vergílio Ferreira, José Saramago, Eugénio de Andrade, António Lobo Antunes e António Pires Cabral são alguns dos escritores que já receberam o galardão. No ano anterior a distinção coube ao poeta Manuel Alegre pela obra “Doze Naus”.
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