O poeta e dramaturgo Jaime Salazar Sampaio morreu esta terça-feira, em Lisboa, aos 84 anos, informou a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).
O corpo do escritor está hoje em câmara ardente no edifício 2 da SPA, de onde seguirá o funeral na quinta-feira de manhã para o cemitério do alto de São João, em Lisboa.
Jaime Salazar Sampaio nasceu em Lisboa a 5 de Maio de 1925. Formado em Engenharia, foi nas artes de palco que se distinguiu, tanto na criação como na tradução de dramaturgias estrangeiras, de autores como Samuel Beckett e Harold Pinter.
De acordo com o Centro de Estudos de Teatro, Jaime Salazar Sampaio estreou-se no Teatro Nacional em 1961 com a peça “Pescador à linha”. Em 1969 viu encenada a peça “Os Visigodos”, também pelo Teatro Nacional, e em 1970 “A batalha naval”, pela Casa da Comédia. Só com a mudança de regime, em 1974, é que as suas peças regressam aos palcos.
No total, mais de 60 espectáculos foram produzidos a partir de textos seus, como “Fernando talvez Pessoa” (1983), pelo Teatro Nacional D. Maria II, “O pescador à linha (sem deus nem chefe)” (1998), pelos Artistas Unidos, e “Árvores, verdes árvores” (2008), pelo Teatro Independente de Loures.
Num estudo publicado em 2003, a investigadora Maria João Brilhante refere que Jaime Salazar Sampaio foi influenciado pelo teatro do absurdo e que a sua dramaturgia “constituiu um ato de resistência contra a censura, o que justifica em parte a ambiguidade e o hermetismo dos seus textos de antes da revolução”.
“O seu projecto não era menos político ao denunciar o desconcerto dos valores humanos no seio de uma sociedade burguesa que pactuava com o fascismo, por temer a desordem e a diferença”, defendeu a investigadora do Centro de Estudos de Teatro.
Em 1999 Jaime Salazar Sampaio recebeu o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores pela obra “Um homem dividido”, em 2005 foi distinguido com a medalha de honra da Sociedade Portuguesa de Autores.
Colaborou durante duas décadas com a SPA, organizando dezenas de sessões do ciclo “Dramaturgia e Prática Teatral”.
Além de teatro, publicou poesia como “Poemas Propostos” (1954) e “Silêncio de um Homem” (1960).
Cortesia de O Público
O corpo do escritor está hoje em câmara ardente no edifício 2 da SPA, de onde seguirá o funeral na quinta-feira de manhã para o cemitério do alto de São João, em Lisboa.
Jaime Salazar Sampaio nasceu em Lisboa a 5 de Maio de 1925. Formado em Engenharia, foi nas artes de palco que se distinguiu, tanto na criação como na tradução de dramaturgias estrangeiras, de autores como Samuel Beckett e Harold Pinter.
De acordo com o Centro de Estudos de Teatro, Jaime Salazar Sampaio estreou-se no Teatro Nacional em 1961 com a peça “Pescador à linha”. Em 1969 viu encenada a peça “Os Visigodos”, também pelo Teatro Nacional, e em 1970 “A batalha naval”, pela Casa da Comédia. Só com a mudança de regime, em 1974, é que as suas peças regressam aos palcos.
No total, mais de 60 espectáculos foram produzidos a partir de textos seus, como “Fernando talvez Pessoa” (1983), pelo Teatro Nacional D. Maria II, “O pescador à linha (sem deus nem chefe)” (1998), pelos Artistas Unidos, e “Árvores, verdes árvores” (2008), pelo Teatro Independente de Loures.
Num estudo publicado em 2003, a investigadora Maria João Brilhante refere que Jaime Salazar Sampaio foi influenciado pelo teatro do absurdo e que a sua dramaturgia “constituiu um ato de resistência contra a censura, o que justifica em parte a ambiguidade e o hermetismo dos seus textos de antes da revolução”.
“O seu projecto não era menos político ao denunciar o desconcerto dos valores humanos no seio de uma sociedade burguesa que pactuava com o fascismo, por temer a desordem e a diferença”, defendeu a investigadora do Centro de Estudos de Teatro.
Em 1999 Jaime Salazar Sampaio recebeu o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores pela obra “Um homem dividido”, em 2005 foi distinguido com a medalha de honra da Sociedade Portuguesa de Autores.
Colaborou durante duas décadas com a SPA, organizando dezenas de sessões do ciclo “Dramaturgia e Prática Teatral”.
Além de teatro, publicou poesia como “Poemas Propostos” (1954) e “Silêncio de um Homem” (1960).
Cortesia de O Público