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27º Festival de Almada: A poesia está no palco
Vinte e sete anos depois da sua criação o Festival de Almada aposta na poesia, dando à palavra o centro do palco. Entre 4 e 18 de Julho, Almada, Lisboa e o Porto recebem 30 produções que procuram responder ao primado do teatro: um actor a dizer um texto frente a um espectador.
Estão já longe os tempos do Beco dos Tanoeiros e de um festival feito por um homem que tinha começado a fazer teatro com a utópica esperança de ver os trabalhadores da Lisnave a subirem a Avenida 25 de Abril, de marmitas vazias, para se virem alimentar ao velho, e hoje antigo, Teatro de Almada. Cedo Joaquim Benite percebeu que essa defesa de um teatro capaz de mobilizar as massas era pouco condizente com as condições em que as pessoas viviam. O que se lhes dizia, e como se lhes dizia, continua a estar na base de uma pesquisa que, hoje, através de encontros, debates e colóquios, se expande por diferentes olhares, antagónicos por vezes, complementares noutras mas capaz de abrir pistas para o que está a ser mostrado, produzindo um diálogo com o que existiu e o que ainda está por vir.
Vinte e sete anos depois de um festival que começou com cinco grupos amadores com sede em Almada, estamos perante um monumento histórico e um acontecimento incontornável não apenas no calendário do teatro em Portugal mas do próprio Teatro em Portugal. Não serão precisas aspas para ter o director - o mesmo desde o início, "situação rara na Europa" - a dizê-lo por si mesmo. A história do festival conta também a história de um país que aprendeu a programar atempadamente, a trazer espectáculos de encenadores que nos habituáramos a conhecer de apelido - Strehler, Besson, Brook, Bondy, Lavaudant, entre outros - mas que Almada nos ensinou o seu primeiro nome - Giorgio, Bruno, Peter, Luc, George -, a cruzar companhias e criadores nacionais "que nunca se viam ou ouviam, e até se hostilizavam".
Joaquim Benite recorda uma frase de Jorge Silva Melo (este ano no Festival com duas peças: "Um precipício no mar", de Simon Stephens, e "Fala da Criada de Noialles...", do próprio Silva Melo, Culturgest, de 15 a 18), onde este dizia que "o festival é o sítio mais civilizado de Portugal". Benite orgulha-se de ter criado "um lugar onde se encontram diferentes linhas estéticas mas que discutem, com maturidade, sobre as suas diferenças, sem se agredirem, e de forma flexível, num nível que não é o da confrontação sectária".
Talvez esta ideia se prenda com um informalismo que faz do festival uma partilha de uma "ideia de cosmopolitismo como plano para o desenvolvimento da cultura". Benite diz que o que distingue o Festival de Almada de outros - e não se faz rogado na utilização do epíteto "um dos mais interessantes da Europa", usada por Matthias Langhoff (que regressa com "Cabaret Hamlet", dias 14 e 15, CCB) -, "é o facto de ser feito por uma companhia de teatro, não ter fins comerciais e ligar a inovação à tradição sem criar rupturas".
Cumplicidades
Este ano são 30 produções, sendo 14 estrangeiras, num total de 88 sessões divididas por 16 espaços. Vão ser apresentados espectáculos da vanguarda russa (a companhia Knam, com duas peças: "O Amor", a 8, e "Matar Shakespeare", a 10, no Fórum Romeu Correia, em Almada) e contos de tradicionais de Cuba ("Era uma vez um crocodilo verde", de Coralia Rodriguez, dia 7, Escola D. António da Costa, Almada, e dia 8 no Instituto Fraco-Português), vai haver fado coreografado ("Aldina Duarte por Olga Roriz", a 9, 10, 16 e 17, no S. Luiz, Lisboa) e muitos corpos nus vindos do Canadá ("Um pouco de ternura, bordel de merda", de Dave St Pierre, a 13, no palco da António da Costa).
E depois aquilo a que Benite chama de "reposições", mas que são "oportunidades para ver teatro português que poucos viram". Companhias como o Ensemble ("O Avarento", a 8), o Teatro dos Aloés (que regressa à sua peça-fundadora, "Uma Lição dos Aloés", do sul-africano Athol Fugard, a 4), ambas na António da Costa, os Artistas Unidos, as encenadoras Solveig Nordlund ("La Musica", a 5 e 6, no Fórum Romeu Correia), Cristina Carvalhal ("Uma Família Portuguesa", a 10, na António da Costa), Mónica Calle [ver texto nestas páginas] ou a descoberta Daniel Gorjão ("Um dia dancei Só um dia", no Teatro Municipal de Almada, de 7 a 18), saído do projecto "Emergentes", em conjunto com o Teatro Nacional D. Maria II.
"O critério predominante são as co-produções e as estreias", diz Benite, em resposta às diferenças de tratamento entre a programação nacional e a internacional. "Claro que gostava de ter estreado mundialmente 'Ode Marítima' [ver texto nestas páginas], mas tenho que encontrar, tal como o Festival de Avignon faz, o equivalente à 'Ode Marítima' em Portugal".
"A nossa participação é muito reduzida, mas há uma vontade das companhias de se apresentarem aqui, e essa é outra das características do festival", diz o seu director. "Defendo a ideia de que a economia não se reduz aos números e os rsultados estão à vista. Surgem de encontros a partir dos pequenos pontos de contacto que são aproveitados em resultados de produção".
Nesse sentido, quando questionado sobre as redes que hoje fazem o essencial dos festivais e dos calendários de programação, diz que "ao contrário de outros festivais, as parcerias em Almada não são burocráticas nem impostas, mas nasceram de cumplicidades e amizades. Estas sinergias não se estabelecem por decreto", assume.
Contas feitas, e fornecidas pelo festival, são 575 mil euros que se dividem assim: 34 por cento do Ministério da Cultura, através da Direcção-Geral das Artes, o mesmo valor da Câmara Municipal de Almada, 24 por cento de patrocinadores e parcerias, e 8 por cento de receitas próprias.
Benite diz ainda que 65 por cento das verbas são gastas nos espectáculos - na sua compra e produção - e o restante na organização e promoção. "Essas receitas próprias só o são assim [com este valor, 8 por cento] por limitações das próprias salas", diz o director. "Vendemos 600 assinaturas, mas podíamos vender o dobro se as salas tivessem mais capacidade." Porque, pelos vistos, público nunca foi um problema.
O público, diz Benite, "cria pressões". "Ao longo dos anos fomos trabalhando para um público que se foi formando no festival, tal como eu me fui formando. Muitas vezes penso que o meu gosto evoluiu como evoluiu o próprio festival". E chegou, já, a acontecer espectadores virem dizer-lhe que um ou outro espectáculo não deveria ter sido apresentado.
"Todas as pressões que existem encaro-as da mesma forma e tiro delas o melhor partido. Não acho que o festival deva criar situações de desconforto para o espectador, mas deve trabalhar para alargar a dicussão". O gosto do programador é, aqui, deixado para segundo plano. "Se programasse só o que gosto, o festival seria mais pequeno". Mas já a ética, essa, diz Benite, "cola-se não à estética, mas ao papel ético que o teatro deve ter".
Devir poético
"A transposição do real não é coisa que me interesse muito, o que me interessa é a transmissão poética. Na minha realidade interessa-me fazer e apresentar espectáculos interventivos, e que tenham preocupações de carácter geral sobre o comportamento humano, não apenas no plano político, mas em todas as suas dimensões e, em particular, nas que determinam a vida das pessoas. Não temos essa tendência moderna de fazer da inovação e da pesquisa formal o centro da pesquisa teatral", diz. "O meu problema é o da inclusão, não é o da exclusão".
É aqui que esta filosofia de vida - neste que é um projecto conduzido por um perfil pessoal "marxista" que age sobre os outros a partir do confronto ideológico -, que, este ano, "o devir poético" toma forma.
Aos 27 anos Almada procura uma linha que tem na poesia, e não tanto na palavra, uma das linhas-mestras enquanto condição "sine qua non do teatro": "O importante é que no teatro exista uma leitura poética das coisas". Este ano, e para além de "Ode Marítima", estará presente a poesia de Constatinos Kavafy ("Yourcenar/Kavafy", de Jean-Claude Feugnet, com Charlotte Rampling - a 16 no S. João, Porto, a 17 e 18 no D. Maria, Lisboa), mais Pessoa ("Um jantar muito original", de Alexandre Riener, dia 11, D. Maria), Camões ("As 10 canções de Luís de Camões", por Luís Miguel Cintra, dia 11, Fórum Romeu Correia), e a homenagem a Maria Barroso, antiga actriz e "diseuse" - "porque o Festival orgulha-se de homenagear as pessoas que são importantes para a história do teatro em Portugal e, muitas vezes injustamente, são esquecidas" -, que participa num recital, encenado pelo próprio Benite, e que inclui ainda Eunice Muñoz e Carmen Dolores (dia 10, Teatro Municipal de Almada).
"Se não houver acto poético não há teatro", insiste. "O teatro não é publicidade. É a palavra a ser dita por um actor." E cita Claude Régy, o encenador de "Ode Marítima", que diz que para o teatro poder continuar deve afastar-se o mais possível do espectáculo.
"O importante é o que se constrói com o universo com que se trabalha. A mesma matéria com que trabalha o Régy, nas mãos de outro encenador, pode ser uma grande porcaria". Essa pesquisa que, eventualmente, estará relacionada com essa dúvida do que apresentar já não aos trabalhadores da Lisnave "mas a um público que vê mais coisas" e, por isso, "exige mais", está na base de um festival que, 26 anos depois, regressa com a mesma dúvida: "como continuar a dar à palavra o lugar central do teatro".
Cortesia de O Público
Estão já longe os tempos do Beco dos Tanoeiros e de um festival feito por um homem que tinha começado a fazer teatro com a utópica esperança de ver os trabalhadores da Lisnave a subirem a Avenida 25 de Abril, de marmitas vazias, para se virem alimentar ao velho, e hoje antigo, Teatro de Almada. Cedo Joaquim Benite percebeu que essa defesa de um teatro capaz de mobilizar as massas era pouco condizente com as condições em que as pessoas viviam. O que se lhes dizia, e como se lhes dizia, continua a estar na base de uma pesquisa que, hoje, através de encontros, debates e colóquios, se expande por diferentes olhares, antagónicos por vezes, complementares noutras mas capaz de abrir pistas para o que está a ser mostrado, produzindo um diálogo com o que existiu e o que ainda está por vir.
Vinte e sete anos depois de um festival que começou com cinco grupos amadores com sede em Almada, estamos perante um monumento histórico e um acontecimento incontornável não apenas no calendário do teatro em Portugal mas do próprio Teatro em Portugal. Não serão precisas aspas para ter o director - o mesmo desde o início, "situação rara na Europa" - a dizê-lo por si mesmo. A história do festival conta também a história de um país que aprendeu a programar atempadamente, a trazer espectáculos de encenadores que nos habituáramos a conhecer de apelido - Strehler, Besson, Brook, Bondy, Lavaudant, entre outros - mas que Almada nos ensinou o seu primeiro nome - Giorgio, Bruno, Peter, Luc, George -, a cruzar companhias e criadores nacionais "que nunca se viam ou ouviam, e até se hostilizavam".
Joaquim Benite recorda uma frase de Jorge Silva Melo (este ano no Festival com duas peças: "Um precipício no mar", de Simon Stephens, e "Fala da Criada de Noialles...", do próprio Silva Melo, Culturgest, de 15 a 18), onde este dizia que "o festival é o sítio mais civilizado de Portugal". Benite orgulha-se de ter criado "um lugar onde se encontram diferentes linhas estéticas mas que discutem, com maturidade, sobre as suas diferenças, sem se agredirem, e de forma flexível, num nível que não é o da confrontação sectária".
Talvez esta ideia se prenda com um informalismo que faz do festival uma partilha de uma "ideia de cosmopolitismo como plano para o desenvolvimento da cultura". Benite diz que o que distingue o Festival de Almada de outros - e não se faz rogado na utilização do epíteto "um dos mais interessantes da Europa", usada por Matthias Langhoff (que regressa com "Cabaret Hamlet", dias 14 e 15, CCB) -, "é o facto de ser feito por uma companhia de teatro, não ter fins comerciais e ligar a inovação à tradição sem criar rupturas".
Cumplicidades
Este ano são 30 produções, sendo 14 estrangeiras, num total de 88 sessões divididas por 16 espaços. Vão ser apresentados espectáculos da vanguarda russa (a companhia Knam, com duas peças: "O Amor", a 8, e "Matar Shakespeare", a 10, no Fórum Romeu Correia, em Almada) e contos de tradicionais de Cuba ("Era uma vez um crocodilo verde", de Coralia Rodriguez, dia 7, Escola D. António da Costa, Almada, e dia 8 no Instituto Fraco-Português), vai haver fado coreografado ("Aldina Duarte por Olga Roriz", a 9, 10, 16 e 17, no S. Luiz, Lisboa) e muitos corpos nus vindos do Canadá ("Um pouco de ternura, bordel de merda", de Dave St Pierre, a 13, no palco da António da Costa).
E depois aquilo a que Benite chama de "reposições", mas que são "oportunidades para ver teatro português que poucos viram". Companhias como o Ensemble ("O Avarento", a 8), o Teatro dos Aloés (que regressa à sua peça-fundadora, "Uma Lição dos Aloés", do sul-africano Athol Fugard, a 4), ambas na António da Costa, os Artistas Unidos, as encenadoras Solveig Nordlund ("La Musica", a 5 e 6, no Fórum Romeu Correia), Cristina Carvalhal ("Uma Família Portuguesa", a 10, na António da Costa), Mónica Calle [ver texto nestas páginas] ou a descoberta Daniel Gorjão ("Um dia dancei Só um dia", no Teatro Municipal de Almada, de 7 a 18), saído do projecto "Emergentes", em conjunto com o Teatro Nacional D. Maria II.
"O critério predominante são as co-produções e as estreias", diz Benite, em resposta às diferenças de tratamento entre a programação nacional e a internacional. "Claro que gostava de ter estreado mundialmente 'Ode Marítima' [ver texto nestas páginas], mas tenho que encontrar, tal como o Festival de Avignon faz, o equivalente à 'Ode Marítima' em Portugal".
"A nossa participação é muito reduzida, mas há uma vontade das companhias de se apresentarem aqui, e essa é outra das características do festival", diz o seu director. "Defendo a ideia de que a economia não se reduz aos números e os rsultados estão à vista. Surgem de encontros a partir dos pequenos pontos de contacto que são aproveitados em resultados de produção".
Nesse sentido, quando questionado sobre as redes que hoje fazem o essencial dos festivais e dos calendários de programação, diz que "ao contrário de outros festivais, as parcerias em Almada não são burocráticas nem impostas, mas nasceram de cumplicidades e amizades. Estas sinergias não se estabelecem por decreto", assume.
Contas feitas, e fornecidas pelo festival, são 575 mil euros que se dividem assim: 34 por cento do Ministério da Cultura, através da Direcção-Geral das Artes, o mesmo valor da Câmara Municipal de Almada, 24 por cento de patrocinadores e parcerias, e 8 por cento de receitas próprias.
Benite diz ainda que 65 por cento das verbas são gastas nos espectáculos - na sua compra e produção - e o restante na organização e promoção. "Essas receitas próprias só o são assim [com este valor, 8 por cento] por limitações das próprias salas", diz o director. "Vendemos 600 assinaturas, mas podíamos vender o dobro se as salas tivessem mais capacidade." Porque, pelos vistos, público nunca foi um problema.
O público, diz Benite, "cria pressões". "Ao longo dos anos fomos trabalhando para um público que se foi formando no festival, tal como eu me fui formando. Muitas vezes penso que o meu gosto evoluiu como evoluiu o próprio festival". E chegou, já, a acontecer espectadores virem dizer-lhe que um ou outro espectáculo não deveria ter sido apresentado.
"Todas as pressões que existem encaro-as da mesma forma e tiro delas o melhor partido. Não acho que o festival deva criar situações de desconforto para o espectador, mas deve trabalhar para alargar a dicussão". O gosto do programador é, aqui, deixado para segundo plano. "Se programasse só o que gosto, o festival seria mais pequeno". Mas já a ética, essa, diz Benite, "cola-se não à estética, mas ao papel ético que o teatro deve ter".
Devir poético
"A transposição do real não é coisa que me interesse muito, o que me interessa é a transmissão poética. Na minha realidade interessa-me fazer e apresentar espectáculos interventivos, e que tenham preocupações de carácter geral sobre o comportamento humano, não apenas no plano político, mas em todas as suas dimensões e, em particular, nas que determinam a vida das pessoas. Não temos essa tendência moderna de fazer da inovação e da pesquisa formal o centro da pesquisa teatral", diz. "O meu problema é o da inclusão, não é o da exclusão".
É aqui que esta filosofia de vida - neste que é um projecto conduzido por um perfil pessoal "marxista" que age sobre os outros a partir do confronto ideológico -, que, este ano, "o devir poético" toma forma.
Aos 27 anos Almada procura uma linha que tem na poesia, e não tanto na palavra, uma das linhas-mestras enquanto condição "sine qua non do teatro": "O importante é que no teatro exista uma leitura poética das coisas". Este ano, e para além de "Ode Marítima", estará presente a poesia de Constatinos Kavafy ("Yourcenar/Kavafy", de Jean-Claude Feugnet, com Charlotte Rampling - a 16 no S. João, Porto, a 17 e 18 no D. Maria, Lisboa), mais Pessoa ("Um jantar muito original", de Alexandre Riener, dia 11, D. Maria), Camões ("As 10 canções de Luís de Camões", por Luís Miguel Cintra, dia 11, Fórum Romeu Correia), e a homenagem a Maria Barroso, antiga actriz e "diseuse" - "porque o Festival orgulha-se de homenagear as pessoas que são importantes para a história do teatro em Portugal e, muitas vezes injustamente, são esquecidas" -, que participa num recital, encenado pelo próprio Benite, e que inclui ainda Eunice Muñoz e Carmen Dolores (dia 10, Teatro Municipal de Almada).
"Se não houver acto poético não há teatro", insiste. "O teatro não é publicidade. É a palavra a ser dita por um actor." E cita Claude Régy, o encenador de "Ode Marítima", que diz que para o teatro poder continuar deve afastar-se o mais possível do espectáculo.
"O importante é o que se constrói com o universo com que se trabalha. A mesma matéria com que trabalha o Régy, nas mãos de outro encenador, pode ser uma grande porcaria". Essa pesquisa que, eventualmente, estará relacionada com essa dúvida do que apresentar já não aos trabalhadores da Lisnave "mas a um público que vê mais coisas" e, por isso, "exige mais", está na base de um festival que, 26 anos depois, regressa com a mesma dúvida: "como continuar a dar à palavra o lugar central do teatro".
Cortesia de O Público
Poesia no 27ª edição Festival de Almada
Não é uma estreia absoluta mas será “um momento único” da edição do Festival de Almada deste ano (a 27ª). "Ode Marítima de Fernando Pessoa", com direcção de Claude Régy, é para o director do Festival e do Teatro Municipal de Almada, Joaquim Benite, um desses momentos altos por que muitos esperam. O espectáculo serve de núcleo a outros (de poesia) num festival com algumas novidades e “passos em frente”. Sobre a sua criação, o encenador Claude Régy, no filme de apresentação do festival, diz que "Ode Marítima" o intimidou mas que finalmente ganhou coragem para o fazer com o actor “de grande dimensão” que é Jean-Quentin Châtelain.
A presença da poesia faz parte de uma longa tradição de um festival fundado em 1984, mas a tendência acentua-se este ano. Justifica Joaquim Benite ao P2: “Os grandes dramaturgos são grandes poetas.”
Num desses momentos, haverá Carmen.Eunice.Maria, recital de poesia que junta poemas escolhidos pelas actrizes Carmen Dolores, Eunice Muñoz e Maria de Jesus Barroso, a figura homenageada deste festival e ex-primeira dama – que foi afastada do Teatro Nacional D. Maria II por motivos políticos antes do 25 de Abril. E se o teatro não pode perder a ligação com o texto poético, como diz Joaquim Benite, o festival não pode perder a ligação com o público. E, por isso, tem vindo a crescer todos os anos “para não defraudar as pessoas”.
O orçamento passou este ano de 500 mil para 575 mil euros, e pela primeira vez chega ao Porto, tendo o Teatro Nacional de São João como um dos teatros associados. Inédito é também haver 30 criações e um total de 88 representações (no ano passado eram 49) em 16 espaços teatrais.
E pelos vários palcos que se associam ao festival – além do Teatro Municipal de Almada, o Teatro D. Maria II, o Teatro Maria Matos, o Instituto Franco-Português, o Centro Cultural de Belém, o Teatro do Bairro Alto, a Escola D. António da Costa em Almada, e outros – passarão grandes nomes do teatro de Portugal e do estrangeiro.
Desses, Charlotte Rampling será talvez a mais conhecida pela sua carreira no cinema. A actriz inglesa e Polydoros Vogiatzis protagonizam outros dos momentos altos do festival: um espectáculo que junta música e textos da romancista Marguerite Yourcenar e do poeta grego Constantin Cavafy, "Yourcenar/Cavafy".
O encenador argentino Daniel Veronese traz "Todos os governos evitaram o teatro íntimo" a partir da peça Hedda Gabler, de H. Ibsen. Também da América Latina, a narradora de lendas e contos Coralia Rodríguez, de Cuba, traz "Era uma vez um crocodilo verde". Explica a própria no filme de apresentação do festival que a história do crocodilo nasceu porque Cuba é “em forma de um crocodilo de olhos fechados, que se abrem para ouvir as histórias”.
Histórias deste e de outros tempos é o que trazem outras peças, como a encenação do franco-português Emmanuel Demarcy-Mota, director do Théâtre de la Ville. Casimiro e Carolina de Odon von Horvath é um texto “extremamente actual”, diz Benite, escrito nos anos a seguir a uma crise económica que não é a de hoje, mas a de 1929. Com a crise, a falência dos mecenas e a reflexão sobre “para que serve a arte, se não para gastar dinheiro (como pensam os mecenas)” num texto, inspirado de "O meu último suspiro de Buñuel", escrito e encenado por Jorge Silva Melo, uma meditação sobre a velhice e o esvaziamento do fim da vida.
Além de participar em "Dança da Morte2 de Ana Zamora, Luís Miguel Cintra regressa a As 10 canções de Camões, “para as entender com o público” como diz no vídeo de apresentação. O fado de Aldina Duarte mistura-se com oito instrumentos num espectáculo com direcção musical da coreógrafa Olga Roriz para quem era importante “perceber que outras vivências o fado pode ter”. Entre muitos outros espectáculos, o encenador alemão Matthias Langhoff adapta Shakespeare em "Cabaret Hamlet", “uma visão tridimensional” do texto de Hamlet, diz no filme de apresentação António Mega Ferreira, do Centro Cultural de Belém, onde será apresentado o espectáculo.
27ª edição Festival de Almada decorre de 4 a 18 de Julho de 2010.
Programa
Cortesia de O Público
A presença da poesia faz parte de uma longa tradição de um festival fundado em 1984, mas a tendência acentua-se este ano. Justifica Joaquim Benite ao P2: “Os grandes dramaturgos são grandes poetas.”
Num desses momentos, haverá Carmen.Eunice.Maria, recital de poesia que junta poemas escolhidos pelas actrizes Carmen Dolores, Eunice Muñoz e Maria de Jesus Barroso, a figura homenageada deste festival e ex-primeira dama – que foi afastada do Teatro Nacional D. Maria II por motivos políticos antes do 25 de Abril. E se o teatro não pode perder a ligação com o texto poético, como diz Joaquim Benite, o festival não pode perder a ligação com o público. E, por isso, tem vindo a crescer todos os anos “para não defraudar as pessoas”.
O orçamento passou este ano de 500 mil para 575 mil euros, e pela primeira vez chega ao Porto, tendo o Teatro Nacional de São João como um dos teatros associados. Inédito é também haver 30 criações e um total de 88 representações (no ano passado eram 49) em 16 espaços teatrais.
E pelos vários palcos que se associam ao festival – além do Teatro Municipal de Almada, o Teatro D. Maria II, o Teatro Maria Matos, o Instituto Franco-Português, o Centro Cultural de Belém, o Teatro do Bairro Alto, a Escola D. António da Costa em Almada, e outros – passarão grandes nomes do teatro de Portugal e do estrangeiro.
Desses, Charlotte Rampling será talvez a mais conhecida pela sua carreira no cinema. A actriz inglesa e Polydoros Vogiatzis protagonizam outros dos momentos altos do festival: um espectáculo que junta música e textos da romancista Marguerite Yourcenar e do poeta grego Constantin Cavafy, "Yourcenar/Cavafy".
O encenador argentino Daniel Veronese traz "Todos os governos evitaram o teatro íntimo" a partir da peça Hedda Gabler, de H. Ibsen. Também da América Latina, a narradora de lendas e contos Coralia Rodríguez, de Cuba, traz "Era uma vez um crocodilo verde". Explica a própria no filme de apresentação do festival que a história do crocodilo nasceu porque Cuba é “em forma de um crocodilo de olhos fechados, que se abrem para ouvir as histórias”.
Histórias deste e de outros tempos é o que trazem outras peças, como a encenação do franco-português Emmanuel Demarcy-Mota, director do Théâtre de la Ville. Casimiro e Carolina de Odon von Horvath é um texto “extremamente actual”, diz Benite, escrito nos anos a seguir a uma crise económica que não é a de hoje, mas a de 1929. Com a crise, a falência dos mecenas e a reflexão sobre “para que serve a arte, se não para gastar dinheiro (como pensam os mecenas)” num texto, inspirado de "O meu último suspiro de Buñuel", escrito e encenado por Jorge Silva Melo, uma meditação sobre a velhice e o esvaziamento do fim da vida.
Além de participar em "Dança da Morte2 de Ana Zamora, Luís Miguel Cintra regressa a As 10 canções de Camões, “para as entender com o público” como diz no vídeo de apresentação. O fado de Aldina Duarte mistura-se com oito instrumentos num espectáculo com direcção musical da coreógrafa Olga Roriz para quem era importante “perceber que outras vivências o fado pode ter”. Entre muitos outros espectáculos, o encenador alemão Matthias Langhoff adapta Shakespeare em "Cabaret Hamlet", “uma visão tridimensional” do texto de Hamlet, diz no filme de apresentação António Mega Ferreira, do Centro Cultural de Belém, onde será apresentado o espectáculo.
27ª edição Festival de Almada decorre de 4 a 18 de Julho de 2010.
Programa
Cortesia de O Público
Prémio de Poesia e Ficção de Almada 2009
O Prémio de Poesia e Ficção de Almada 2009, este ano dedicado ao género Poesia, recebe obras originais até 30 de Setembro. No Fórum Municipal Romeu Correia.
Na sua 15ª edição, o Prémio de Poesia e Ficção de Almada é este ano dedicado ao género Poesia e visa promover a produção literária em língua portuguesa, bem como consolidar os hábitos de leitura e escrita criativa.
No período de 1 a 30 de Setembro, inicia-se a fase para entrega dos trabalhos a concurso realizados por autores de língua portuguesa, naturais do concelho, residentes ou que exerçam a sua actividade profissional em Almada.
Ao vencedor do Prémio de Poesia e Ficção de Almada será atribuído um prémio no valor de 2500 euros.
Consulte o regulamento
Na sua 15ª edição, o Prémio de Poesia e Ficção de Almada é este ano dedicado ao género Poesia e visa promover a produção literária em língua portuguesa, bem como consolidar os hábitos de leitura e escrita criativa.
No período de 1 a 30 de Setembro, inicia-se a fase para entrega dos trabalhos a concurso realizados por autores de língua portuguesa, naturais do concelho, residentes ou que exerçam a sua actividade profissional em Almada.
Ao vencedor do Prémio de Poesia e Ficção de Almada será atribuído um prémio no valor de 2500 euros.
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