Intitulado “Iman”, a obra incorpora textos de natureza experimental visual e divide-se em três partes às quais o autor chamou de ‘Corporais’, ‘Corpus’ e ‘Corpos’, representando a “assunção da escrita enquanto código alfabético linguístico”, revelou o poeta, de 69 anos, que integra a corrente experimentalista portuguesa.
Com 28 livros publicados, entre poesia, poesia infanto-juvenil, romance, uma antologia da poesia concreta em Portugal, em parceria com Melo e Castro, para além de diversas exposições de “poemas visuais”, ‘Iman’ será apresentado quinta-feira na Galeria Valbom, em Lisboa, pelo poeta e crítico literário Liberto Cruz.
José-Alberto Marques, que se define como um poeta “dadaísta”, afirmou que este seu livro novo é “um atentado”.
“Tem poemas para ler, poemas para ver, poemas impossíveis de ler, poemas que expressam o meu sentimento”.
Uma obra que significa também “um corte” com a poesia experimental visual, uma “segunda fase” de um poeta que reivindica a autoria do primeiro poema concreto publicado em Portugal e que disse à Lusa ir “processar” os autores de uma “Antologia da Poesia Experimental Portuguesa, dos anos 60 a 80”, por porem em causa a “paternidade” do poema intitulado “Solidão” e que tem o sub-título de “Poema Concreto”.
Segundo afirmou, na referida obra surge um apontamento em que os autores afirmam que “da década de 50, datam efectivamente os primeiros textos poéticos que apontam nítidas preocupações com uma nova escrita, embora só em 1959 ela fosse publicamente reconhecida com a publicação no suplemento Artes & Letras do Diário de Notícias, num artigo intitulado 'O idêntico inverso'”.
“Depois”, acrescentou, “há uma nota de rodapé,onde se pode ler que 'na exposição PoEx, o experimentalismo português, entre 74 e 84, patente no Museu de Serralves, de Setembro de 1999 a Janeiro de 2000, surge um texto inédito de José-Alberto Marques, com o título 'Solidão' e sub-título 'Poema Concreto', datado de 1957, que vem questionar a consagrada dupla paternidade do experimentalismo nacional”.
“É mentira que o meu texto seja inédito”, afirmou. “Inédito quer dizer não publicado. E foi. Numa revista que se pode encontrar no Museu de Serralves à guarda do director, João Fernandes. Um dos autores sabe disso. É mentira que a data seja de 1957, como a revista comprova. A revista diz 1958”.
“É, pois, mentira que se questione qualquer paternidade quando o pater tem nome e obra consequente”, afirmou o poeta que acrescentou que “tudo se deve ao Brasil”. “A Haroldo de Campos, se quiserem. Porque o primeiro poema concreto feito no mundo foi deste senhor”.
Quanto ao processo que ”talvez” vá instaurar, José-Alberto Marques afirma que “há mentiras que têm que ser denunciadas e, se levasse autores à prisão, não me custaria rigorosamente nada”.
O poeta, que inaugurará dia 9 de Julho o Festival de Poesia em Belo Horizonte, Brasil, com a performance ‘Retrato do poeta enquanto corpo inteiro’ é natural de Torres Novas, onde nasceu a 4 de Outubro de 1939. Estudou Direito, foi professor de liceu e acabou por licenciar-se em História. Actualmente reside em Abrantes onde “trabalha” a poesia, a sua “grande paixão”.
Cortesia de Lusa
Com 28 livros publicados, entre poesia, poesia infanto-juvenil, romance, uma antologia da poesia concreta em Portugal, em parceria com Melo e Castro, para além de diversas exposições de “poemas visuais”, ‘Iman’ será apresentado quinta-feira na Galeria Valbom, em Lisboa, pelo poeta e crítico literário Liberto Cruz.
José-Alberto Marques, que se define como um poeta “dadaísta”, afirmou que este seu livro novo é “um atentado”.
“Tem poemas para ler, poemas para ver, poemas impossíveis de ler, poemas que expressam o meu sentimento”.
Uma obra que significa também “um corte” com a poesia experimental visual, uma “segunda fase” de um poeta que reivindica a autoria do primeiro poema concreto publicado em Portugal e que disse à Lusa ir “processar” os autores de uma “Antologia da Poesia Experimental Portuguesa, dos anos 60 a 80”, por porem em causa a “paternidade” do poema intitulado “Solidão” e que tem o sub-título de “Poema Concreto”.
Segundo afirmou, na referida obra surge um apontamento em que os autores afirmam que “da década de 50, datam efectivamente os primeiros textos poéticos que apontam nítidas preocupações com uma nova escrita, embora só em 1959 ela fosse publicamente reconhecida com a publicação no suplemento Artes & Letras do Diário de Notícias, num artigo intitulado 'O idêntico inverso'”.
“Depois”, acrescentou, “há uma nota de rodapé,onde se pode ler que 'na exposição PoEx, o experimentalismo português, entre 74 e 84, patente no Museu de Serralves, de Setembro de 1999 a Janeiro de 2000, surge um texto inédito de José-Alberto Marques, com o título 'Solidão' e sub-título 'Poema Concreto', datado de 1957, que vem questionar a consagrada dupla paternidade do experimentalismo nacional”.
“É mentira que o meu texto seja inédito”, afirmou. “Inédito quer dizer não publicado. E foi. Numa revista que se pode encontrar no Museu de Serralves à guarda do director, João Fernandes. Um dos autores sabe disso. É mentira que a data seja de 1957, como a revista comprova. A revista diz 1958”.
“É, pois, mentira que se questione qualquer paternidade quando o pater tem nome e obra consequente”, afirmou o poeta que acrescentou que “tudo se deve ao Brasil”. “A Haroldo de Campos, se quiserem. Porque o primeiro poema concreto feito no mundo foi deste senhor”.
Quanto ao processo que ”talvez” vá instaurar, José-Alberto Marques afirma que “há mentiras que têm que ser denunciadas e, se levasse autores à prisão, não me custaria rigorosamente nada”.
O poeta, que inaugurará dia 9 de Julho o Festival de Poesia em Belo Horizonte, Brasil, com a performance ‘Retrato do poeta enquanto corpo inteiro’ é natural de Torres Novas, onde nasceu a 4 de Outubro de 1939. Estudou Direito, foi professor de liceu e acabou por licenciar-se em História. Actualmente reside em Abrantes onde “trabalha” a poesia, a sua “grande paixão”.
Cortesia de Lusa
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