“Sexo é imaginação // Fantasia// Amor é prosa// Sexo é poesia...”
(“Amor e sexo”, Rita Lee e Roberto de Carvalho)
A afirmação não é nossa. É de um livro de Arnaldo Jabor e da música de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Mas é um bom início para pensarmos a poesia. O quê? Pensou que a gente ia falar sobre sexo? Tá aí a função do título: fisgar o leitor. Calma. Canalize toda essa raiva para nos escrever um comentário, ok?
Bem, como dizia, o que é a poesia, então? Antonio Candido disse uma vez que a poesia não é verso, escrita em verso é poema. Poesia é tudo, a prosa poderia ser poética, o pensamento poderia ser poético. Ele disse que poesia era a vida.
Então tá. Poesia é a vida. Assim, eu posso escrever tudo o que eu quiser que é poesia? Não necessariamente. Escrever o que quiser é ótimo para compor um diário, não um romance, nem um poema. É um bom exercício para estimular o hábito da escrita e também ótimo para depurar seu texto de todo o fluxo de besteirol que possa influenciar em sua verdadeira arte: transmitir ideias nos vazios que ficam entre as palavras.
A poesia pode, sim, ser sentimental. Pode ser fria, dura e cruel. Pode até conjugar ambos, sendo doce a amarga. A poesia é a vida, assim, pode sê-la em sua plenitude e maior, pois conta com a interpretação de cada um de nós. Mas o sentido provocado pela poesia nunca é gratuito. Os versos em poema devem ser habilmente construídos. Podemos fazer um paralelo com a engenharia civil. Quando vemos uma obra arquitetônica, como uma criação de Niemeyer, vemos somente a impossibilidade suspensa no ar, nos maravilhamos com a grandeza e beleza, mas não temos ideia do cálculo estrutural, de onde ficam as vigas, de quanto concreto foi usado. É assim a poesia, é o efeito. Mas o verdadeiro poeta é o construtor. Ele sabe de toda a complexidade e ele sabe que para se produzir efeito e efeitos é crucial ser exato. O poeta não é puro sentimento, ele é razão.
A quem quiser escrever poesia, dois conselhos: estude muito e viva plenamente. A poesia deve ser exata. Cada palavra usada deve ter um propósito. Não deve ser casual ou fraca. Se ela não provocar nenhum efeito no leitor, então não é poesia. A poesia é vida, que nasce no poeta para estremecer o leitor.
Cortesia de Portal Barão Geraldo
(“Amor e sexo”, Rita Lee e Roberto de Carvalho)
A afirmação não é nossa. É de um livro de Arnaldo Jabor e da música de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Mas é um bom início para pensarmos a poesia. O quê? Pensou que a gente ia falar sobre sexo? Tá aí a função do título: fisgar o leitor. Calma. Canalize toda essa raiva para nos escrever um comentário, ok?
Bem, como dizia, o que é a poesia, então? Antonio Candido disse uma vez que a poesia não é verso, escrita em verso é poema. Poesia é tudo, a prosa poderia ser poética, o pensamento poderia ser poético. Ele disse que poesia era a vida.
Então tá. Poesia é a vida. Assim, eu posso escrever tudo o que eu quiser que é poesia? Não necessariamente. Escrever o que quiser é ótimo para compor um diário, não um romance, nem um poema. É um bom exercício para estimular o hábito da escrita e também ótimo para depurar seu texto de todo o fluxo de besteirol que possa influenciar em sua verdadeira arte: transmitir ideias nos vazios que ficam entre as palavras.
A poesia pode, sim, ser sentimental. Pode ser fria, dura e cruel. Pode até conjugar ambos, sendo doce a amarga. A poesia é a vida, assim, pode sê-la em sua plenitude e maior, pois conta com a interpretação de cada um de nós. Mas o sentido provocado pela poesia nunca é gratuito. Os versos em poema devem ser habilmente construídos. Podemos fazer um paralelo com a engenharia civil. Quando vemos uma obra arquitetônica, como uma criação de Niemeyer, vemos somente a impossibilidade suspensa no ar, nos maravilhamos com a grandeza e beleza, mas não temos ideia do cálculo estrutural, de onde ficam as vigas, de quanto concreto foi usado. É assim a poesia, é o efeito. Mas o verdadeiro poeta é o construtor. Ele sabe de toda a complexidade e ele sabe que para se produzir efeito e efeitos é crucial ser exato. O poeta não é puro sentimento, ele é razão.
A quem quiser escrever poesia, dois conselhos: estude muito e viva plenamente. A poesia deve ser exata. Cada palavra usada deve ter um propósito. Não deve ser casual ou fraca. Se ela não provocar nenhum efeito no leitor, então não é poesia. A poesia é vida, que nasce no poeta para estremecer o leitor.
Cortesia de Portal Barão Geraldo
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