A Câmara Municipal de Benavente homenageou os poetas João Vieira Sabino e Albertina Pato com a Medalha Municipal de Grau Prata, no dia 30 de Janeiro, durante o IX Encontro de Poetas Ribatejanos, no Palácio do Infantado, em Samora Correia.
A vereadora da cultura aproveitou o momento para “expressar na simbologia de um gesto a importância que nos merece a palavra dos nossos poetas”. É uma homenagem a duas figuras do concelho que ergueram poeticamente as palavras simples dos nossos quotidianos e transformar em arte”, explicou Maria Gabriela Santos.
Começo a rimar e a sentir, rimo para baixo e para cima/ E a malta larga-se a rir, que eu não vou falhar uma rima. Como vêem meus amigos, não custa nada rimar/ Já mostrei os meus sentidos, que rimo, rimo sem parar.”
Assim se apresenta João Vieira Sabino, de 89 anos, o mais velho “trovador” neste Encontro, que juntou cerca de 80 poetas populares, vindos do concelho de Vila Franca de Xira e do distrito de Santarém. O natural de Muge (Salvaterra de Magos) diz que se inspira “no próprio trabalho, na vila em que cresceu, na vida, na transformação que os tempos às gentes e à terra e nas memórias” e que os versos lhe vêm à cabeça de “forma espontânea” e que por isso, muitas vezes, fala a versejar.
Albertina Pato é natural de Samora Correia, e aos 84 anos diz que já cresceu com a poesia nos genes. “A minha veia poética deve vir do meu pai. Lembro-me de ser miúda e adormecer a ouvi-lo recitar quadras”, conta-nos. É uma poesia mais intimista, que nos fala das memórias da infância, dos amores, e da terra natal, das paixões ou do sofrimento da ida dos filhos para o Ultramar: “Com o meu menino irei, à descoberta de novos horizontes/ Olharemos a natureza, as estrelas, /O sol com os seus raiozinhos e a água a correr nas fontes. / O meu menino virá iluminar a minha vida/Será um raio de sol, que deixará toda a minha dor, adormecida”.
Para além do espaço para homenagem, o encontro de poetas populares é também um espaço de convívio e de oportunidade de divulgação para novos “escultores da palavra”. A iniciativa transformou-se num calendário incontornável do programa cultural da região ribatejana, como sublinha o escritor Domingos Lobo. O responsável pelo Encontro de Poetas considera que esta iniciativa é “um estímulo, até para os jovens que de momento estarão a iniciar-se e a escrever as suas coisas”.
Cortesia de O Mirante Diário Online
A vereadora da cultura aproveitou o momento para “expressar na simbologia de um gesto a importância que nos merece a palavra dos nossos poetas”. É uma homenagem a duas figuras do concelho que ergueram poeticamente as palavras simples dos nossos quotidianos e transformar em arte”, explicou Maria Gabriela Santos.
Começo a rimar e a sentir, rimo para baixo e para cima/ E a malta larga-se a rir, que eu não vou falhar uma rima. Como vêem meus amigos, não custa nada rimar/ Já mostrei os meus sentidos, que rimo, rimo sem parar.”
Assim se apresenta João Vieira Sabino, de 89 anos, o mais velho “trovador” neste Encontro, que juntou cerca de 80 poetas populares, vindos do concelho de Vila Franca de Xira e do distrito de Santarém. O natural de Muge (Salvaterra de Magos) diz que se inspira “no próprio trabalho, na vila em que cresceu, na vida, na transformação que os tempos às gentes e à terra e nas memórias” e que os versos lhe vêm à cabeça de “forma espontânea” e que por isso, muitas vezes, fala a versejar.
Albertina Pato é natural de Samora Correia, e aos 84 anos diz que já cresceu com a poesia nos genes. “A minha veia poética deve vir do meu pai. Lembro-me de ser miúda e adormecer a ouvi-lo recitar quadras”, conta-nos. É uma poesia mais intimista, que nos fala das memórias da infância, dos amores, e da terra natal, das paixões ou do sofrimento da ida dos filhos para o Ultramar: “Com o meu menino irei, à descoberta de novos horizontes/ Olharemos a natureza, as estrelas, /O sol com os seus raiozinhos e a água a correr nas fontes. / O meu menino virá iluminar a minha vida/Será um raio de sol, que deixará toda a minha dor, adormecida”.
Para além do espaço para homenagem, o encontro de poetas populares é também um espaço de convívio e de oportunidade de divulgação para novos “escultores da palavra”. A iniciativa transformou-se num calendário incontornável do programa cultural da região ribatejana, como sublinha o escritor Domingos Lobo. O responsável pelo Encontro de Poetas considera que esta iniciativa é “um estímulo, até para os jovens que de momento estarão a iniciar-se e a escrever as suas coisas”.
Cortesia de O Mirante Diário Online
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