O que é que José Tolentino de Mendonça e Manuel Alegre têm em comum? A resposta não podia ser mais simples: são dois poetas portugueses. Desde ontem, no entanto, partilham algo mais do que os poemas: a distinção pela Fundação Inês de Castro. O padre José Tolentino de Mendonça, com a obra “O viajante sem sono”, publicada em 2009,foi distinguido com o Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2009. O político Manuel Alegre viu ser-lhe atribuído o Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro 2009.
Responsável por falar sobre José Tolentino de Mendonça, José Carlos Seabra Pereira, ensaísta e professor universitário, revelou tratar-se de um poeta cuja «obra tem-se mostrado aberta à reformulação», destacando «a poesia do sentido da falta», antes de revelar que “O viajante sem sono” vem «coroar uma sequência cerrada de obras». Por fim, o também membro do júri do concurso literário destacou «a grande exigência de contenção de um bem precioso e raro» presente nas obras do doutorado em Teologia.
Após receber o prémio das mãos de Seabra Santos, reitor da Universidade de Coimbra, José Tolentino de Mendonça, nascido em 1965, lembrou que «o poema faz parte do real», acrescentando que «o poema é a inevitabilidade de uma experiência humana». Quanto à obra premiada “O viajante sem sono», o poeta disse lembrar «alguns amigos que partiram, que morreram», embora queira lembrar, também, «amigos vivos e dizer-lhes que a poesia é uma forma de partilhar com eles o lume».
Esta é já a terceira edição do Prémio Literário, um galardão atribuído pela Fundação Inês de Castro que pretende distinguir obras de expressão literária sobre motivos «inesianos». Além do já mencionado prémio, a Fundação atribuiu o Tributo de Consagração à obra de Manuel Alegre. Frederico Lourenço, ensaísta e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, a quem coube falar do premiado, destacou «o fenómeno incrível de originalidade em cada novo poema» de Alegre.
Nascido em 1936, Manuel Alegre foi candidato independente, nas eleições de 2006, a Presidente da República. Frederico Lourenço, também membro do júri, reconheceu que «haverá poucos portugueses que não saibam que Manuel Alegre é poeta», mas, prosseguiu, «poucos conhecerão os atributos de um dos grandes poetas da nossa língua». «O carácter interventivo dos seus poemas, a poesia que nasce da revolta e a poesia que não pode deixar indiferente nenhum cidadão deste país» foram frases utilizadas pelo ensaísta para caracterizar a obra do poeta, antes de destacar «a poesia com forte pendor ético».
Na cerimónia que decorreu na Quinta das Lágrimas, Manuel Alegre recebeu o Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2009 das mãos de Rui Alarcão, antigo reitor da Universidade de Coimbra. Depois, o poeta disse receber a distinção «com muita alegria e humildade», assumindo, contudo, não se tratar de «uma reforma de vida nem de escrita», antes de encontrar na leitura dos poemas inéditos “Tróia” e “Letra desconhecida” a forma de agradecer o prémio que acabara de lhe ser entregue.
Cortesia de Diário de Coimbra
Responsável por falar sobre José Tolentino de Mendonça, José Carlos Seabra Pereira, ensaísta e professor universitário, revelou tratar-se de um poeta cuja «obra tem-se mostrado aberta à reformulação», destacando «a poesia do sentido da falta», antes de revelar que “O viajante sem sono” vem «coroar uma sequência cerrada de obras». Por fim, o também membro do júri do concurso literário destacou «a grande exigência de contenção de um bem precioso e raro» presente nas obras do doutorado em Teologia.
Após receber o prémio das mãos de Seabra Santos, reitor da Universidade de Coimbra, José Tolentino de Mendonça, nascido em 1965, lembrou que «o poema faz parte do real», acrescentando que «o poema é a inevitabilidade de uma experiência humana». Quanto à obra premiada “O viajante sem sono», o poeta disse lembrar «alguns amigos que partiram, que morreram», embora queira lembrar, também, «amigos vivos e dizer-lhes que a poesia é uma forma de partilhar com eles o lume».
Esta é já a terceira edição do Prémio Literário, um galardão atribuído pela Fundação Inês de Castro que pretende distinguir obras de expressão literária sobre motivos «inesianos». Além do já mencionado prémio, a Fundação atribuiu o Tributo de Consagração à obra de Manuel Alegre. Frederico Lourenço, ensaísta e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, a quem coube falar do premiado, destacou «o fenómeno incrível de originalidade em cada novo poema» de Alegre.
Nascido em 1936, Manuel Alegre foi candidato independente, nas eleições de 2006, a Presidente da República. Frederico Lourenço, também membro do júri, reconheceu que «haverá poucos portugueses que não saibam que Manuel Alegre é poeta», mas, prosseguiu, «poucos conhecerão os atributos de um dos grandes poetas da nossa língua». «O carácter interventivo dos seus poemas, a poesia que nasce da revolta e a poesia que não pode deixar indiferente nenhum cidadão deste país» foram frases utilizadas pelo ensaísta para caracterizar a obra do poeta, antes de destacar «a poesia com forte pendor ético».
Na cerimónia que decorreu na Quinta das Lágrimas, Manuel Alegre recebeu o Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2009 das mãos de Rui Alarcão, antigo reitor da Universidade de Coimbra. Depois, o poeta disse receber a distinção «com muita alegria e humildade», assumindo, contudo, não se tratar de «uma reforma de vida nem de escrita», antes de encontrar na leitura dos poemas inéditos “Tróia” e “Letra desconhecida” a forma de agradecer o prémio que acabara de lhe ser entregue.
Cortesia de Diário de Coimbra
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