Passado duas semanas que decorreram dois espectaculares ataques à bomba, Ali al-Nijar deixou a sua casa para falar de poesia. Al-Nijar, professor aposentado de agricultura, apertado entre 60 outras pessoas num salão literário semanal na Rua Mutanabi, em Bagdá – um dos cerca de 12 salões que germinaram em toda a cidade nos últimos dois anos, à medida que a violência baixou.
“Este é um produto da liberdade”, afirmou al-Nijar, esperando a chegada dos palestrantes principais. O tópico da semana era um poeta chamado Abdul Wahab al-Bayati, um dos fundadores da poesia moderna iraquiana. “É claro, existe medo na cidade actualmente”, disse al-Nijar. “Mas o povo não dá atenção aos ataques bombistas. Eu sei do risco que corremos, mas não me importo”.
Por séculos, salões literários foram uma parte vital da vida intelectual iraquiana, locais onde pessoas de diferentes classes ou seitas se reuniam para discutir cultura, literatura e ideias. Bagdá já teve mais de 200 salões, um quarto deles organizados por judeus, segundo Tariq Harb, advogado que frequenta diversos salões e realiza um próprio.
Entretanto, durante a presidência de Saddam Hussein, os salões desapareceram ou tornaram-se subversivos, à medida que o povo se opunha ao controle do governo ou temia a presença de espiões. Na violência sectária que acompanhou a invasão de 2003, as pessoas muitas vezes tinham medo de se encontrar publicamente.
Safia al-Souhail começou o seu salão em abril, depois de atingido um nível de paz na cidade. O encontro acontece uma tarde por mês na sua casa e termina depois de escurecer, algo que seria impensável durante o auge da violência extremista.
Cortesia de NYT
“Este é um produto da liberdade”, afirmou al-Nijar, esperando a chegada dos palestrantes principais. O tópico da semana era um poeta chamado Abdul Wahab al-Bayati, um dos fundadores da poesia moderna iraquiana. “É claro, existe medo na cidade actualmente”, disse al-Nijar. “Mas o povo não dá atenção aos ataques bombistas. Eu sei do risco que corremos, mas não me importo”.
Por séculos, salões literários foram uma parte vital da vida intelectual iraquiana, locais onde pessoas de diferentes classes ou seitas se reuniam para discutir cultura, literatura e ideias. Bagdá já teve mais de 200 salões, um quarto deles organizados por judeus, segundo Tariq Harb, advogado que frequenta diversos salões e realiza um próprio.
Entretanto, durante a presidência de Saddam Hussein, os salões desapareceram ou tornaram-se subversivos, à medida que o povo se opunha ao controle do governo ou temia a presença de espiões. Na violência sectária que acompanhou a invasão de 2003, as pessoas muitas vezes tinham medo de se encontrar publicamente.
Safia al-Souhail começou o seu salão em abril, depois de atingido um nível de paz na cidade. O encontro acontece uma tarde por mês na sua casa e termina depois de escurecer, algo que seria impensável durante o auge da violência extremista.
Cortesia de NYT
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