E se pudesse frequentar uma feira de arte, comprar obras, ter uma visita guiada com direito aos comentários da curadora da Tate e contactar artistas e galerias, tudo isto sem sair de casa? Isso seria a VIP Fair (Viewing in Private), o evento online que vai reunir 140 galerias, incluindo algumas das mais prestigiadas internacionalmente - como a Gagosian, a White Cube e a Hauser & Wirth -, que irão apresentar 1928 obras de arte. A primeira feira de arte contemporânea online estará disponível em www.vipartfair.com, entre os dias 22 e 30 de Janeiro.
Uma vez registados, os frequentadores da feira poderão clicar nas imagens e ver as obras de arte contrastadas com o tamanho de uma pessoa, poderão fazer zoom para ver os detalhes de uma pintura e as esculturas e as instalações poderão ser vistas de diferentes pontos de vista. A acompanhar as obras serão fornecidos dados biográficos dos autores, documentários em vídeo, informação de background e campos de pesquisa por artista e cidades onde estão instaladas as diferentes galerias.
Os interessados em receber informações detalhadas terão de pedir um passe VIP que custará 100 dólares durante os primeiros dois dias e 20 dólares durante o resto da semana. Com este passe, o visitante pode ter acesso a colecções privadas e, entre outras vantagens, a uma visita virtual comentada pela curadora da Tate Gallery, Jessica Morgan.
Os potenciais compradores poderão igualmente ter acesso ao ranking dos preços - que variam entre os 5 mil dólares e o milhão de dólares - e os contactos para a compra de obras começam com um sistema de mensagens instantâneas e poderão continuar via Skype. Para manter a segurança do negócio, porém, o processo final de venda terá de ser completado offline. Este sistema estará disponível e operacional 18 horas por dia.
O “The Telegraph” questiona-se se este sistema funcionará, se as feiras virtuais poderão vir a substituir as feiras reais, e chega à conclusão que há algumas coisas que se perdem neste processo, nomeadamente a “electricidade do contacto social” que sempre acontece em eventos desta categoria.
Porém, uma coisa é certa: esta feira de arte tem o potencial de vir a acolher pessoas que provavelmente não estariam presentes numa feira real. Alison Jacques, uma negociante de arte com base em Londres, diz ao jornal: “[Esta feira] tem o potencial de nos fazer chegar a clientes na Ásia e noutros locais onde nós normalmente não chegaríamos”.
Se isto acontecer, mais feiras VIP poderão vir a acontecer ainda este ano, indica. E, mesmo que isso não aconteça, esta feira poderá mudar a forma como as feiras de arte operam em todo o mundo.
A ideia desta feira online nasceu há três anos, da cabeça do negociador de arte nova-iorquino James Cohan. A mulher de Cohan, Jane, - directora da galeria de ambos -, explica que a ideia demorou muito até ser posta em prática porque a situação económica era favorável. Mas agora, com a grave crise financeira internacional, chegou a altura de rever esta ideia e de a pôr em prática. “Durante a crise começámos a olhar para a Internet como forma de expandirmos o negócio. Estivemos igualmente a ver como as feiras usam a Internet para fazer negócio. É interessante vermos que 16 por cento das vendas da [leiloeira] Christie’s durante o ano passado tenham sido arrematadas por compradores online e que metade dessas eram de novos clientes”.
Finalmente, na Primavera passada, a galeria Cohan recrutou o prestigiado negociante David Zwirner, seguido de um grupo coeso de dealers de primeira linha - de Los Angeles a Xangai - que se decidiram a integrar o grupo de galerias presentes nesta primeira feira de arte contemporânea online.
Cortesia de O Público
Uma vez registados, os frequentadores da feira poderão clicar nas imagens e ver as obras de arte contrastadas com o tamanho de uma pessoa, poderão fazer zoom para ver os detalhes de uma pintura e as esculturas e as instalações poderão ser vistas de diferentes pontos de vista. A acompanhar as obras serão fornecidos dados biográficos dos autores, documentários em vídeo, informação de background e campos de pesquisa por artista e cidades onde estão instaladas as diferentes galerias.
Os interessados em receber informações detalhadas terão de pedir um passe VIP que custará 100 dólares durante os primeiros dois dias e 20 dólares durante o resto da semana. Com este passe, o visitante pode ter acesso a colecções privadas e, entre outras vantagens, a uma visita virtual comentada pela curadora da Tate Gallery, Jessica Morgan.
Os potenciais compradores poderão igualmente ter acesso ao ranking dos preços - que variam entre os 5 mil dólares e o milhão de dólares - e os contactos para a compra de obras começam com um sistema de mensagens instantâneas e poderão continuar via Skype. Para manter a segurança do negócio, porém, o processo final de venda terá de ser completado offline. Este sistema estará disponível e operacional 18 horas por dia.
O “The Telegraph” questiona-se se este sistema funcionará, se as feiras virtuais poderão vir a substituir as feiras reais, e chega à conclusão que há algumas coisas que se perdem neste processo, nomeadamente a “electricidade do contacto social” que sempre acontece em eventos desta categoria.
Porém, uma coisa é certa: esta feira de arte tem o potencial de vir a acolher pessoas que provavelmente não estariam presentes numa feira real. Alison Jacques, uma negociante de arte com base em Londres, diz ao jornal: “[Esta feira] tem o potencial de nos fazer chegar a clientes na Ásia e noutros locais onde nós normalmente não chegaríamos”.
Se isto acontecer, mais feiras VIP poderão vir a acontecer ainda este ano, indica. E, mesmo que isso não aconteça, esta feira poderá mudar a forma como as feiras de arte operam em todo o mundo.
A ideia desta feira online nasceu há três anos, da cabeça do negociador de arte nova-iorquino James Cohan. A mulher de Cohan, Jane, - directora da galeria de ambos -, explica que a ideia demorou muito até ser posta em prática porque a situação económica era favorável. Mas agora, com a grave crise financeira internacional, chegou a altura de rever esta ideia e de a pôr em prática. “Durante a crise começámos a olhar para a Internet como forma de expandirmos o negócio. Estivemos igualmente a ver como as feiras usam a Internet para fazer negócio. É interessante vermos que 16 por cento das vendas da [leiloeira] Christie’s durante o ano passado tenham sido arrematadas por compradores online e que metade dessas eram de novos clientes”.
Finalmente, na Primavera passada, a galeria Cohan recrutou o prestigiado negociante David Zwirner, seguido de um grupo coeso de dealers de primeira linha - de Los Angeles a Xangai - que se decidiram a integrar o grupo de galerias presentes nesta primeira feira de arte contemporânea online.
Cortesia de O Público
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