O Frágil volta a dedicar um mês à poesia, uma iniciativa que começou em 2007, e que tem acontecido sempre em Março, quando se celebra, no dia 21, o Dia Mundial da Poesia. Mas ao contrário dos anos anteriores, este ano a iniciativa está agendada para o mês de Abril.
“Poesia é sempre importante em qualquer altura do ano, e no mês de março há muitas iniciativas. A nossa ideia foi diversificar”, disse Carolina Quadros, do Frágil.
Poemas de Luís Carvalho, lidos pelos actores Filomena Cautela, João Reis e Ivo Canelas e o músico JP Simões, abrem esta quinta-feira o ciclo “Abril, Palavras Mil”.
Até ao final do mês, no bar ouvir-se-ão ainda as palavras dos poetas Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e José Bação Leal, sempre às quintas-feiras a partir das 22:30.
“Através de iniciativas como esta fazemos a diferença face ao estado lastimável em que se encontra o Bairro Alto”, salientou a empresária que criticou “as ruas tornadas bares, e pagar-se o preço de manter uma casa de porta fechada, além das taxas legais”.
Cada leitura encenação é acompanhada por música criada propositadamente. Assim, na próxima quinta-feira Francisco Leal e Vítor Rua acompanham Filomena Cautela, João Reis, Ivo Canelas e JP Simões, seguindo a noite com DJ Vítor Silveira.
“A escolha dos poetas esteve a cargo de cada um dos convidados que participam por amor à palavra, sem qualquer cachet”, disse Carolina Quadros.
Na quinta-feira seguinte, dia 14, o actor Rui Morrison lerá Alberto Caeiro, acompanhado por música composta por Rodrigo Leão e que será interpretada pelo próprio, por Bruno Silva, Carlos Tony Gomes, Celina da Piedade e Viviena Tupikova. A noite segue com a música escolhida pelo DJ Jorge Caiado.
“Inicialmente tínhamos até pensado fazer as quatro noites dedicadas a Fernando Pessoa e aos seus heterónimos, mas apostámos em que cada um dos participantes escolhesse e quisemos dar a conhecer poetas como Luís Carvalho e José Bação Leal”, afirmou Carolina Quadros.
José Bação Leal é o poeta escolhido para quinta-feira, dia 21, que será lido por outro poeta, Luís Carvalho, acompanhado pela música de João Guimarães.
“O José Bação Leal é um poeta que morreu muito novo, em 1965 em Nampula, durante a guerra colonial, mas não directamente devido ao conflito, que escrevia mas não guardava nada, quem guardou os seus poemas foi a mãe”, contou Carolina Quadros.
Álvaro de Campos, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, lido pela actriz Carla Bolito, encerra quinta-feira, dia 28 “Abril, Palavras Mil”. A música estará a cargo de Tó Trips e o resto da noite ficará a cargo do DJ Vítor Silveira.
Cortesia de O Público
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