A Cooperativa Árvore, no Porto acolheu ontem a iniciativa "Os animais na poesia de Eugénio de Andrade" para lembrar o poeta e assinalar os 40 anos da sua tradução de "Cartas portuguesas".
A iniciativa serve ainda "para combater o esquecimento" que enfrenta a maior parte dos escritores depois do seu desaparecimento. Organizador do evento, José da Cruz Santos, amigo e editor - "por vezes exclusivo" - de Eugénio de Andrade, diz que "é normal todos os escritores caírem neste limbo. Não são tão falados, já não são entrevistados. Por isso, faço questão de fazer estas iniciativas", justificou, ao JN.
Apesar desse risco, o editor da Modo de Ler acredita que Eugénio "é lido por muitos jovens, o que também contribui para que continue a ser lembrado".
Hoje, a iniciativa tem o testemunho do poeta Manuel António Pina, seguindo-se um debate e a leitura de uma pequena antologia de poemas dedicados a animais, da autoria do poeta homenageado.
À presente iniciativa, Cruz Santos pretende que se sigam outras semelhantes. "Até ao fim do ano, gostava de fazer uma iniciativa por mês", revela. Confirmada está já a próxima, no mês que se segue, sob o mote "A infância na poesia de Eugénio de Andrade".
Eugénio de Andrade é o pseudónimo de José Fontinhas Rato, nascido na freguesia de Póvoa de Atalaia, Castelo Branco, a 19 de Janeiro de 1923. Aventurou--se em géneros como poesia, antologia, literatura infantil e prosa, num total de mais de 20 obras. Em 2001, ganhou o Prémio Camões, o mais importante para autores de Língua Portuguesa. Faleceu em 2005.
Cortesia de JN
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