O Museu da Língua Portuguesa vai, afinal, ficar mesmo instalado no edifício que acolheu o Museu de Arte Popular, em Belém, e a sua instalação vai ficar a cargo da sociedade Frente Tejo, S.A.
A decisão foi hoje tomada em Conselho de Ministros, que a justifica dizendo que a intervenção visa “promover a requalificação do edifício do antigo Museu de Arte Popular, situado na Avenida de Brasília, reconvertendo aquele que foi originalmente o pavilhão da Vida Popular da Exposição do Mundo Português num inovador e contemporâneo espaço multimédia e centro privilegiado de promoção da língua portuguesa”.
A nova instituição, com a localização em Belém atrás referida, foi lançada pela anterior ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, em 2006, então com a designação de Museu do Mar e da Língua Portuguesa, num projecto assumidamente inspirado no museu congénere existente em S. Paulo.
O actual ministro José António Pinto Ribeiro, pouco tempo depois de tomar posse do cargo, confirmou a sua intenção de avançar com o projecto, mas, em Maio do ano passado, admitiu a mudança de localização. Uma hipótese que então colocou em cima da mesa foi a estação ferroviária do Rossio, no centro de Lisboa, invocando, precisamente, o caso do museu brasileiro, que está instalado na Estação da Luz, um interface de metro e comboio.
Mais tarde, Pinto Ribeiro viria a recuar para a primeira localização, que anunciou, por exemplo, na sua mais recente intervenção na Comissão Parlamentar de Cultura da Assembleia da República, no dia 8 de Abril, quando associou o Museu da Língua Portuguesa ao vasto plano de requalificação da zona de Belém, para onde está também projectado o novo Museu dos Coches, com projecto do arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha.
Cortesia de O Público
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