Em 2001, chegou a Portugal. Tinha oito anos e não pronunciava uma única palavra em português. Dez anos depois, Ekaterina Malginova domina a língua do país de acolhimento. Ao ponto de aceitar o desafio de editar o seu primeiro livro na língua de Pessoa, uma das suas referências literárias.
"Espelhos de alma", lançado no início deste ano pela editora Porca Danada, é uma compilação de poemas reveladores do universo "intimista e sentimentalista" em que se movem todas as certezas e incertezas de uma adolescente. "Sou figura nos teus braços/Fita de cetim que voa/entre todos os outros./Sou a água que bebes quando tens sede de amor (...). A poética de Malginova presta também homenagem a Lisboa. "Passo.../vejo rua nova/caminho novo/estátua bonita no meio/de quatro pontas (...)". E não esquece as terras frias dos czares que lhe serviram de berço: "...Minha terra/Minhas lágrimas e minha alegria/Que saudades".
Sem grande preocupação formal relativamente à rima e à métrica, como a própria autora reconhece, o conjunto de poemas escritos por Ekaterina Malginova foi publicado num jornal regional e mais tarde editado pela "Porca Danada".
"Andavam à procura de novos talentos e eu aceitei o desafio, pois quem não arrisca não petisca", explica em bom português. Lembrando, ainda, a influência positiva, entre outros, da professora Susana Girão.
Aluna de "boas notas" na Secundária de S. Pedro do Sul, concelho onde reside com os pais, numa quinta de Serrazes, a jovem diz ter herdado da avó, com quem foi criada e educada nos primeiros anos, o gosto pela literatura. Pequena ainda, já lia e decorava poesia de Pushkin e Yessenin, entre outros.
A concluir o 12.º ano, Malginova quer apurar a escrita e lançar novos livros, embora o seu sonho seja um trabalho na ONU ou noutra organização, tirando partido do domínio que tem das línguas russa, inglesa, portuguesa, francesa e também ucraniana.
Cortesia de Jornal de Notícias
"Espelhos de alma", lançado no início deste ano pela editora Porca Danada, é uma compilação de poemas reveladores do universo "intimista e sentimentalista" em que se movem todas as certezas e incertezas de uma adolescente. "Sou figura nos teus braços/Fita de cetim que voa/entre todos os outros./Sou a água que bebes quando tens sede de amor (...). A poética de Malginova presta também homenagem a Lisboa. "Passo.../vejo rua nova/caminho novo/estátua bonita no meio/de quatro pontas (...)". E não esquece as terras frias dos czares que lhe serviram de berço: "...Minha terra/Minhas lágrimas e minha alegria/Que saudades".
Sem grande preocupação formal relativamente à rima e à métrica, como a própria autora reconhece, o conjunto de poemas escritos por Ekaterina Malginova foi publicado num jornal regional e mais tarde editado pela "Porca Danada".
"Andavam à procura de novos talentos e eu aceitei o desafio, pois quem não arrisca não petisca", explica em bom português. Lembrando, ainda, a influência positiva, entre outros, da professora Susana Girão.
Aluna de "boas notas" na Secundária de S. Pedro do Sul, concelho onde reside com os pais, numa quinta de Serrazes, a jovem diz ter herdado da avó, com quem foi criada e educada nos primeiros anos, o gosto pela literatura. Pequena ainda, já lia e decorava poesia de Pushkin e Yessenin, entre outros.
A concluir o 12.º ano, Malginova quer apurar a escrita e lançar novos livros, embora o seu sonho seja um trabalho na ONU ou noutra organização, tirando partido do domínio que tem das línguas russa, inglesa, portuguesa, francesa e também ucraniana.
Cortesia de Jornal de Notícias
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