O pintor, escultor e poeta Figueiredo Sobral, que se afirmava «um surrealista barroco», faleceu ontem no Hospital de S. José, em Lisboa, aos 84 anos, confirmou Elsa Rodrigues dos Santos, a viúva.
O corpo do artista ficará em câmara ardente a partir das 15h de sábado na igreja de S. João de Deus, na Praça de Londres, em Lisboa. O funeral sairá para o cemitério do Alto de S. João às 11h de domingo, depois da missa de corpo presente, às 10h30.
José Maria de Figueiredo Sobral dedicou-se à poesia, à pintura e, a partir da década de 1960, à escultura.
Discípulo de Lino António, Paula Campos, e Rodrigues Alves, na Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa, até finais da década de 1950 foi criativo e gráfico de publicidade e ilustrador de obras literárias.
Colaborador da Empresa Nacional de Publicidade e do Diário de Notícias, foi cofundador da Editora Minotauro.
Figueiredo Sobral dedicou-se à poesia, escreveu para teatro e exerceu funções de maquetista cenarista.
Segundo a viúva, o artista plástico deixa por publicar o livro de poemas e desenhos O touro a sua legenda.
Apresentou-se como pintor nos Salões Gerais de Artes Plásticas da Sociedade Nacional de Belas Artes, na segunda metade da década de 1940, e na década seguinte começou a expor individualmente. Numa entrevista, definiu-se como «um surrealista barroco».
Começou a experimentar a escultura sem abandonar a pintura, na segunda metade da década de 1960. Tem obras escultóricas em espaços urbanos em Portugal e no Brasil.
Segundo informação da galeria Movimento de Arte Contemporânea (MAC), a que estava ligado, «os seus trabalhos desenhos e gravuras, aguarelas, colagens, cerâmicas, tapeçarias, pinturas murais e esculturas, pertencem actualmente a acervos de arte estatais, institucionais e empresariais privados e colecções particulares» tanto na Europa, como Américas, Ásia, Austrália. Em 2000 recebeu o Prémio MAC/Carreira.
Cortesia de Diário Digital / Lusa
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