BIO - Sophia Breyner Andresen


Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de Novembro de 1919 e faleceu em Lisboa a 2 de Julho de 2004. Da infância aristocrática e feliz passada no Porto ficaram imagens e reminiscências que povoam, de forma explícita ou alusiva, a sua obra poética e ficcional, particularmente os contos para crianças: a casa do Campo Alegre, o jardim, a praia da Granja (sobre a qual escreveria, em 1944, em carta a Miguel Torga: “A Granja é o sítio do mundo de que eu mais gosto. Há aqui qualquer alimento secreto”), os Natais celebrados segundo a tradição nórdica (também evocados por Ruben A. na sua autobiografia O Mundo à Minha Procura) foram lugares e vivências que marcaram de forma determinante o imaginário da autora.



Entre 1936 e 1939 frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Familiarizou-se assim com a civilização grega, que profundamente admirou e que aparece também espelhada na sua obra, seja em poemas que glosam motivos helénicos (figuras históricas, figuras mitológicas, lugares carregados de significado histórico ou mítico), seja naqueles que, dum modo mais geral, recuperam as noções clássicas de harmonia, inteireza e justiça (veja-se, por exemplo, o primeiro verso do poema “Catarina Eufémia”, no volume Dual: “O primeiro tema da reflexão grega é a justiça”). O retorno a um tempo arquetípico e primordial, anterior ao “tempo dividido” em que vivemos, é um dos veios fundamentais da obra poética de Sophia, que nele busca uma forma de religação do ser, uma aliança entre o homem e a natureza. Sucessivas viagens à Grécia, ao longo da vida, reforçaram esse veio, presente desde o livro Poesia (poemas “Dionysos”, “Apolo Musageta”) e recorrente nos volumes poéticos seguintes. O ensaio O Nu na Antiguidade Clássica (1975), ajuda-nos a compreender melhor a identificação de Sophia com o mundo clássico: embora tenha como objecto a arte grega, e em particular a representação do corpo entre os gregos, pode ser lido como mais uma das “artes poéticas” em que a autora explicita algumas noções fundadoras da sua própria poesia.



Sophia colaborou na revista Cadernos de Poesia e aí fez sólidas amizades, nomeadamente com Ruy Cinatti e Jorge de Sena (foi recentemente editada a correspondência trocada com este último entre 1959 e 1978). A primeira série dos Cadernos saiu em Lisboa entre 1940 e 1942, tendo por organizadores Tomaz Kim, José Blanc de Portugal e Ruy Cinatti. Sob o lema “A Poesia é só uma”, repetido no limiar de cada número ao longo das três séries, a revista defendeu a vocação ecuménica da Poesia (com p maiúsculo), sublinhou a independência do ideal estético relativamente a escolas ou partidos e admitiu eclecticamente a colaboração de artistas provenientes dos mais diversos quadrantes.



Data de 1944 o primeiro volume poético de Sophia, intitulado Poesia. Editado no ano em que autora completou vinte e cinco anos, mas incluindo alguns poemas escritos ainda no final da adolescência, Poesia é um livro inaugural a vários títulos. Antes de mais, pelas marcas de intenso e juvenil entusiasmo vital que nele encontramos (coexistindo, todavia, com um lado nocturno e deceptivo). Logo o poema de abertura nos fala desse entusiasmo, situando-o no plano dos sonhos e da sua força performativa: “Apesar das ruínas e da morte,/ Onde sempre acabou cada ilusão,/ A força dos meus sonhos é tão forte,/Que de tudo renasce a exaltação/ E nunca as minhas mãos ficam vazias”. Algumas páginas adiante, o poema “Pudesse eu” é igualmente a expressão duma apetência pela vida e dum desejo de disponibilidade total para a viver, expressão tanto mais intensa quanto se resume numa síntese de quatro versos: “Pudesse eu não ter laços nem limites/ Ó vida de mil faces transbordantes/ Pra poder responder aos teus convites/ Suspensos na surpresa dos instantes”.



Poesia é também um livro de estreia pela forma auto-reflexiva como regista a procura dum caminho poético. Se nos primeiros versos do poema “Tudo” esse caminho é ainda um tanto indefinido, nos últimos de “O jardim e a casa” ele é vislumbrado com mais nitidez: “Trago o terror e trago a claridade,/ E através de todas as presenças/ Caminho para a única unidade”. Mas no poema “As fontes”, sem dúvida um dos mais inteiros e exactos deste volume, encontramos já um rumo poético bem vincado. Há nele uma promessa de claridade e de plenitude, e, de forma projectiva, esboça-se uma concepção essencialista da poesia como desocultação ou desvelamento, como regresso a uma verdade antiga do ser, que se tornará um dos grandes eixos da obra poética de Sophia.



A noite é uma presença muito forte neste primeiro livro de versos e será um motivo constante em toda a obra, inclusivamente nos contos para crianças. São reveladores títulos como “Noite”, “Luar”, “O jardim e a noite”, “Noite das coisas”, “Noites sem nome”, “Noite de Abril” e “Ó noite”, sinalizando uma poesia que recupera, ainda que com modulações próprias, o tópos da vivência nocturna do poeta, de larga tradição literária; em Sophia, essa vivência ora exalta a fantasmagoria e o mistério, ora se maravilha com a beleza que a noite traz consigo (sendo o adjectivo “brilhante” um dos preferidos para a qualificar), ora está ligada a um desejo de fuga ou evasão em que ecoa a ânsia mallarmeana de “fuir, là-bas fuir”, ora permite o reencontro do eu consigo mesmo no silêncio e na solidão, como no poema “O jardim e a noite”.



O volume Poesia é, por último, um livro inaugural por conter, neste mesmo poema, três versos que modelarmente definem uma questão central na obra de Sophia, a saber, a relação entre poesia e magia. Esses três versos são os seguintes: “Palavras que eu despi da sua literatura,/ Para lhes dar a sua forma primitiva e pura,/ De fórmulas de magia”. Pode dizer-se que constituem a primeira arte poética de Sophia e a mais importante deixa para os livros subsequentes. De facto, a imagem do poeta possesso, com a sua componente órfica, será largamente textualizada nos catorze volumes de poesia publicados entre 1944 e 1997 (cf., em especial, as “Artes poéticas” em que a autora descreve a emergência do poema), bem como nos Contos Exemplares (veja-se o conto “Homero”, que representa de forma alegórica, através do encontro entre a criança e o vagabundo, a descoberta da poesia na sua forma mais pura e primitiva). Desenha-se, também, na obra de Sophia um retorno às concepções essencialistas da linguagem que postulam o princípio de concreção entre o verbum e a res. É na identificação do verbum com a res que reside a força mágica da linguagem, sendo a nomeação (recorde-se o título O Nome das Coisas) uma forma encantatória de restituir às coisas a sua realidade, o seu ser. A poesia regressa, assim, à sua vocação original de injunção do espírito, e projecta-se como uma religação, uma “participação no real”, uma união sagrada entre o homem e a natureza.



Depois do casamento, em 1946, com Francisco Sousa Tavares – advogado, jornalista e politico - , a poesia de Sophia tornou-se mais interveniente e atenta às questões sociais do seu tempo. Em Livro Sexto e Dual, nomeadamente, surge carregada de revolta perante a tirania, a injustiça e a corrupção, com momentos de grande força apelativa, como “Pranto pelo dia de hoje”, “Exílio” e “O velho abutre”, entre outros. Idênticas preocupações estão presentes no volume Contos Exemplares (1962), em cuja dedicatória se lê: “Para o Francisco, que me ensinou a coragem e a alegria do combate desigual”, e onde a autora alia um sentido de intervenção politica à sua mundividência humanista cristã. Paralelamente, Sophia teve uma actuação cívica relevante antes e depois do 25 de Abril, na oposição ao regime de Salazar e na defesa das liberdades: foi co-fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Escritores e, após a Revolução, deputada à Assembleia Constituinte.



Foi distinguida com o Prémio Camões em 1999, o Prémio Max Jacob de Poesia em 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana em 2003.



A extensa obra que nos legou reparte-se pelos domínios da poesia, da ficção, do conto para crianças, do ensaio, do teatro e, last but not least, da tradução (com magníficas versões de textos de Eurípides, Shakespeare, Claudel e Dante).


Cortesia de CVC

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