A poetisa dinamarquesa Inger Christensen, frequentemente citada entre os escritores candidatos ao Prémio Nobel da Literatura, morreu, aos 73 anos, anunciou nesta segunda-feira a editora responsável pela publicação de seus livros em seu país natal, Gyldendal.
"Morreu na sexta-feira, 2 de janeiro", anunciou uma porta-voz da editora, Gitte Larsen, sem especificar a causa e o local do falecimento.
Nascida em 16 de janeiro de 1935, em Vejle (oeste da Dinamarca), professora de Literatura, Inger publicou seus primeiros livros de poemas em 1962, intitulado "Lys" ("Luz"), e 1963, sob o título "Graes" ("Grama"), para depois se dedicar a ensaios, romances e livros infantis.
Era uma das figuras literárias da Dinamarca mais conhecidas no exterior, e sua obra recebeu vários prêmios internacionais. Uma de suas antologias poéticas, "Sommerfugledalen" ("Vale das borboletas"), de 1991, é considerada pela crítica como sua obra-prima.
"Tirou do mundo estéril e, com frequência, monótono da poesia sistemática uma riqueza de entonação única, utilizando um sistema impessoal para formular uma poesia muito pessoal", comentou o professor Erik Nielsen, da Universidade de Copenhague.
Membro da Academia Dinamarquesa desde 1978, da Academia Européia de Poesia (1996) e da Academia der Künste, de Berlim (2001), conquistou o prêmio nórdico da Academia Sueca (1994) - também conhecido como "o pequeno Prêmio Nobel" - e o Grande Prêmio das Bienais Internacionais de Poesia (1995).
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