Mil crianças e jovens a partir dos dois anos candidataram-se este ano ao concurso poético da 6.ª edição do Cancioneiro Infanto-Juvenil, cujos prémios são entregues hoje no Instituto Piaget de Almada.
O concurso, promovido por aquela instituição de ensino superior, usa a poesia como ferramenta para que as crianças não se desencantem da leitura.
Em declarações à agência Lusa, a coordenadora do projeto, Rita Alves, fez um balanço do projeto, que se realiza desde 1989, de três em três anos, com o objetivo de reintroduzir, em Portugal e nos países falantes de português, a cultura literária e a dimensão poética na formação dos leitores mais jovens.
O concurso tem sido, defende a coordenadora, «uma ferramenta muito útil para provocar e manter o prazer da palavra pela palavra nos mais jovens».
Em arquivo, o projeto tem 22 mil textos de 14 mil participantes. Cerca de dois mil foram publicados em doze livros. Na 6.ª edição do cancioneiro participaram 1000 crianças, que levaram dois mil textos a concurso.
«Embora a participação tenha diminuído nesta edição, temos vindo a notar que a participação é feita com mais cuidado».
Para além disso, acrescentou, «percebemos que os temas de amor, que eram normalmente escritos por crianças com 13, 14 anos, passaram a ser escritos por crianças de oito, nove anos».
Para Rita Alves, outro aspeto positivo em 20 anos de trabalho é a possibilidade de acompanhar a carreira dos escritores: «Temos crianças que têm agora 18 anos e que nos acompanham desde os quatro», contou.
A coordenadora sublinhou ainda que hoje, como há 20 anos, a poesia na sala de aula serve também para fugir à rotina dos programas escolares e para garantir que o salto entre o pré-escolar e o ensino primário não acaba com os leitores.
«É preciso que a bolha da responsabilização pela cultura e aprendizagem que a sociedade tende a criar sobre as crianças que entram na escola primária seja acompanhada de uma vertente lúdica e criativa, para que o clique do gosto pela leitura aconteça e perdure», defendeu.
No encerramento do 6.º Concurso Poético será publicado o livro «Amo de ti», com os textos seleccionados pelo júri.
Para quem escreve, diz Rita Alves, o prémio máximo é ter os seus textos editados em livro: «O espírito do cancioneiro é o prazer da palavra, ter o trabalho impresso para estar ao alcance de todos», afirmou.
Os títulos dos livros a que o concurso dá origem, considera, «revelam a beleza e originalidade da imaginação das crianças»: «Do 1º Concurso Poético, por exemplo, foram publicados três livros: «Eu moro na minha mãe», «Trouxe-te um beijo no bolso» e «Se eu fosse lua, fazia uma noite», ilustrou.
O Instituto Jean Piajet de Almada conta reunir nesta iniciativa cerca de 400 participantes entre professores, educadores, pais e crianças.
Cortesia de Diário Digital / Lusa
O concurso, promovido por aquela instituição de ensino superior, usa a poesia como ferramenta para que as crianças não se desencantem da leitura.
Em declarações à agência Lusa, a coordenadora do projeto, Rita Alves, fez um balanço do projeto, que se realiza desde 1989, de três em três anos, com o objetivo de reintroduzir, em Portugal e nos países falantes de português, a cultura literária e a dimensão poética na formação dos leitores mais jovens.
O concurso tem sido, defende a coordenadora, «uma ferramenta muito útil para provocar e manter o prazer da palavra pela palavra nos mais jovens».
Em arquivo, o projeto tem 22 mil textos de 14 mil participantes. Cerca de dois mil foram publicados em doze livros. Na 6.ª edição do cancioneiro participaram 1000 crianças, que levaram dois mil textos a concurso.
«Embora a participação tenha diminuído nesta edição, temos vindo a notar que a participação é feita com mais cuidado».
Para além disso, acrescentou, «percebemos que os temas de amor, que eram normalmente escritos por crianças com 13, 14 anos, passaram a ser escritos por crianças de oito, nove anos».
Para Rita Alves, outro aspeto positivo em 20 anos de trabalho é a possibilidade de acompanhar a carreira dos escritores: «Temos crianças que têm agora 18 anos e que nos acompanham desde os quatro», contou.
A coordenadora sublinhou ainda que hoje, como há 20 anos, a poesia na sala de aula serve também para fugir à rotina dos programas escolares e para garantir que o salto entre o pré-escolar e o ensino primário não acaba com os leitores.
«É preciso que a bolha da responsabilização pela cultura e aprendizagem que a sociedade tende a criar sobre as crianças que entram na escola primária seja acompanhada de uma vertente lúdica e criativa, para que o clique do gosto pela leitura aconteça e perdure», defendeu.
No encerramento do 6.º Concurso Poético será publicado o livro «Amo de ti», com os textos seleccionados pelo júri.
Para quem escreve, diz Rita Alves, o prémio máximo é ter os seus textos editados em livro: «O espírito do cancioneiro é o prazer da palavra, ter o trabalho impresso para estar ao alcance de todos», afirmou.
Os títulos dos livros a que o concurso dá origem, considera, «revelam a beleza e originalidade da imaginação das crianças»: «Do 1º Concurso Poético, por exemplo, foram publicados três livros: «Eu moro na minha mãe», «Trouxe-te um beijo no bolso» e «Se eu fosse lua, fazia uma noite», ilustrou.
O Instituto Jean Piajet de Almada conta reunir nesta iniciativa cerca de 400 participantes entre professores, educadores, pais e crianças.
Cortesia de Diário Digital / Lusa
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