Há públicos que são fáceis, outros nem tanto, mas depressa a magia das palavras e dos sons envolve os alunos que participam nas sessões de poesia protagonizadas por Afonso Dias nas escolas algarvias, no âmbito do projeto «A Poesia está nas Escolas…».
Em 2010, o tema geral das sessões que já chegaram e vão ainda chegar a mais de 60 escolas da região, dos diferentes níveis de ensino, é «Poesia e Cidadania».
O artista radicado há muito no Algarve, que reúne diversos talentos, continua a levar poesia, e não só, a alunos das mais diversas idades, desde os mais novinhos, do pré-escolar, aos mais graúdos, do secundário, num projeto que envolve, por ano, milhares de estudantes da região e dura há quase uma década.
O gosto pela poesia é denunciado pela forma como Afonso Dias fala do projeto O seu trabalho, além de assentar numa paixão pessoal, a poesia, é igualmente, na sua visão, um privilégio.
«Esta tem sido uma experiência muito enriquecedora para mim e, julgo eu, de alguma serventia para esta gente. Muitas vezes os alunos vêm falar comigo no final das sessões e sou muitas vezes interpelado na rua por miúdos que me viram nesta ou naquela escola», contou.
«Estas sessões são encontros de sedução para a poesia, para a leitura, para uma estética do belo e para o sensível. Costumo dizer que sou a cereja no topo do bolo, porque não venho propriamente dar uma aula, porque o formato é diferente e os alunos não sentem a mesma responsabilidade», explicou Afonso Dias.
Apesar disso, tudo é articulado com os professores, para ir ao encontro dos programas escolares e a componente educativa estar presente.
Com a sua voz grave e colocada, o ator, que também é músico e compositor, depressa domina a assistência e ganha controlo da sala. Algo que quem está de fora percebe que se deve, em grande medida, à já vasta experiência de Afonso Dias nestas lides, já que, muitas vezes, o público não é homogéneo.
Numa sessão a que o «barlavento» assistiu, em Faro, juntaram-se na mesma sala alunos do 3º ano com outros do 8º ano.
Algo que obriga o declamador a enveredar por dois registos diferentes, para agradar a todos e não perder nenhuns. Porque o objetivo das sessões do projeto «A poesia está nas escolas…» é, precisamente, fazer com que o gosto pela leitura, nomeadamente de poesia, entre no maior número de corações possível.
O objetivo tem vindo a ser conseguido e o promotor das sessões sente muitas vezes o retorno do seu trabalho.
«Não é raro encontrar jovens adultos, que já estão na universidade ou a trabalhar, que me conheceram em sessões e me falam de certo poema, ou dizem, por exemplo: lembra-se do poema de Miguel Torga que disse na escola tal? Comprei os Contos da Montanha por causa disso! Isto é muito gratificante. É esta utilidade, quase de sementeira de poesia, que eu procuro ter», resumiu.
A escolha do tema «Poesia e Cidadania» foi uma forma de juntar esta arte a outros valores, no ano em que se celebram 100 anos da implantação da República em Portugal.
Esta efeméride dá o mote para que, em verso ou em prosa, se fale de temas como a vida em sociedade, os valores da democracia, os direitos humanos e das crianças e até a proteção do ambiente, entre muitos outros.
«Este projeto já dura há uns anos, já tenho um protocolo com a Direção Regional de Educação do Algarve há pelo menos oito ou nove anos», revelou.
Em cada escola ou agrupamento visitado, Afonso Dias promove sempre duas sessões. «São mais de 120 sessões que envolvem cerca de 10 mil alunos», resumiu.
Cortesia de Barlavento Online
Em 2010, o tema geral das sessões que já chegaram e vão ainda chegar a mais de 60 escolas da região, dos diferentes níveis de ensino, é «Poesia e Cidadania».
O artista radicado há muito no Algarve, que reúne diversos talentos, continua a levar poesia, e não só, a alunos das mais diversas idades, desde os mais novinhos, do pré-escolar, aos mais graúdos, do secundário, num projeto que envolve, por ano, milhares de estudantes da região e dura há quase uma década.
O gosto pela poesia é denunciado pela forma como Afonso Dias fala do projeto O seu trabalho, além de assentar numa paixão pessoal, a poesia, é igualmente, na sua visão, um privilégio.
«Esta tem sido uma experiência muito enriquecedora para mim e, julgo eu, de alguma serventia para esta gente. Muitas vezes os alunos vêm falar comigo no final das sessões e sou muitas vezes interpelado na rua por miúdos que me viram nesta ou naquela escola», contou.
«Estas sessões são encontros de sedução para a poesia, para a leitura, para uma estética do belo e para o sensível. Costumo dizer que sou a cereja no topo do bolo, porque não venho propriamente dar uma aula, porque o formato é diferente e os alunos não sentem a mesma responsabilidade», explicou Afonso Dias.
Apesar disso, tudo é articulado com os professores, para ir ao encontro dos programas escolares e a componente educativa estar presente.
Com a sua voz grave e colocada, o ator, que também é músico e compositor, depressa domina a assistência e ganha controlo da sala. Algo que quem está de fora percebe que se deve, em grande medida, à já vasta experiência de Afonso Dias nestas lides, já que, muitas vezes, o público não é homogéneo.
Numa sessão a que o «barlavento» assistiu, em Faro, juntaram-se na mesma sala alunos do 3º ano com outros do 8º ano.
Algo que obriga o declamador a enveredar por dois registos diferentes, para agradar a todos e não perder nenhuns. Porque o objetivo das sessões do projeto «A poesia está nas escolas…» é, precisamente, fazer com que o gosto pela leitura, nomeadamente de poesia, entre no maior número de corações possível.
O objetivo tem vindo a ser conseguido e o promotor das sessões sente muitas vezes o retorno do seu trabalho.
«Não é raro encontrar jovens adultos, que já estão na universidade ou a trabalhar, que me conheceram em sessões e me falam de certo poema, ou dizem, por exemplo: lembra-se do poema de Miguel Torga que disse na escola tal? Comprei os Contos da Montanha por causa disso! Isto é muito gratificante. É esta utilidade, quase de sementeira de poesia, que eu procuro ter», resumiu.
A escolha do tema «Poesia e Cidadania» foi uma forma de juntar esta arte a outros valores, no ano em que se celebram 100 anos da implantação da República em Portugal.
Esta efeméride dá o mote para que, em verso ou em prosa, se fale de temas como a vida em sociedade, os valores da democracia, os direitos humanos e das crianças e até a proteção do ambiente, entre muitos outros.
«Este projeto já dura há uns anos, já tenho um protocolo com a Direção Regional de Educação do Algarve há pelo menos oito ou nove anos», revelou.
Em cada escola ou agrupamento visitado, Afonso Dias promove sempre duas sessões. «São mais de 120 sessões que envolvem cerca de 10 mil alunos», resumiu.
Cortesia de Barlavento Online
Sem comentários:
Enviar um comentário