A internet atrai cada vez mais escritores e leitores de poesia, mas a poesia vista na rede ainda mantém os moldes tradicionais de verso e estrofe. Esse foi o tom do segundo Simpósio de Crítica de Poesia, organizado pelo Departamento de Teoria Literária e Literaturas da Universidade de Brasília, que atraiu jornalistas, professores, pesquisadores e poetas. Eles discutiram as inúmeras possibilidades de fazer poesia diante das tecnologias de mídia do século XXI. O simpósio fez parte da Semana Universitária e contou com a presença dos poetas Nicolas Behr e Luís Turiba.
O gaúcho Fabrício Carpinejar também despejou sua poesia sobre a plateia e explicou de onde vem a inspiração que alimenta livros impressos e textos quase diários na rede mundial de computadores. “O objetivo é pensar o contemporâneo pela via da representação poética”, afirma a coordenadora do simpósio e professora do TEL Sylvia Cyntrão.
Para o professor da Faculdade Comunicação da UnB, Sérgio de Sá, a modernidade traz liberdade no estilo e na forma de se fazer poesia. “O hibridismo é uma marca da contemporaneidade”, diz. “Mas a poesia ainda vem sendo feita nos moldes tradicionais: verso e estrofe”, explica.
O professor defende a internet como o instrumento que mais favorece a poesia na atualidade. “A poesia contemporânea está vivíssima”, afirma, “Resta ao público descobri-la”. Para ele, é preciso que os autores da atualidade criem mecanismos criativos para se inserirem nos meios de comunicação que atraem maior público, como a televisão e a internet. “Não entrar em contato com a mídia parece-me uma forma saudável de suicídio”, completa.
Já Nicolas Behr, integrante da geração mimeógrafo, que nos anos 1970 lutou contra a censura da ditadura militar, acredita que a poesia subversiva acabou incorporada à tradição. “Somos clássicos, e agora?”, perguntou à plateia. “Nós fomos contestadores, e quem vai nos contestar? Se não vier a contestação, vai ser grave”, disse. Para o poeta, uma solução para esse estado atual da poesia marginal é reinventar a própria produção literária. “A saída é romper consigo”, diz.
Um dos poetas mais esperados no simpósio, o gaúcho Fabrício Carpinejar, falou com a plateia vestindo um enorme par de óculos de lentes vermelhas. E garantiu que a feiúra foi o trampolim do sucesso de sua poesia. Cronista, jornalista e professor da Universidade do Rio dos Sinos (Unisinos), aos 37 anos já conquistou reconhecimento nacional e tem mais de 15 livros publicados. Em 2009, ganhou o prêmio Jabuti com o livro de crônicas Canalha!.
Além das publicações, ele alimenta um blog de crônicas e uma página no Twitter. No microblog, em que tem mais de 70 mil seguidores, escreve aforismos com até 140 caracteres. As frases curtas renderam um livro em 2009. Ao falar sobre a interação entre poesia e Academia, ele disse que “a poesia consegue fazer a paz na Faixa de Gaza”. Leia aqui entrevista do poeta à UnB Agência.
No primeiro dia do simpósio, o músico e produtor teatral Oswaldo Montenegro recebeu uma homenagem em reconhecimento à contribuição de seu trabalho para a cultura brasiliense. O prêmio foi entregue pelo vice-reitor da UnB, João Batista de Sousa, em cerimônia realizada no Auditório do Museu da República. “Ele tem um papel muito importante na cidade”, disse o vice-reitor. “É uma referência porque produziu muita cultura e, para muitas obras, a inspiração saiu de Brasília”.
O Grupo de Estudos de Poesia Contemporânea Vivoverso, montou o espetáculo Brasílias de Luz, a partir de poemas sobre a capital do país para presentear o artista. “Escolhemos o Oswaldo Montenegro porque ele é uma síntese da poesia de Brasília”, explicou Sylvia.
UnB Agência
O gaúcho Fabrício Carpinejar também despejou sua poesia sobre a plateia e explicou de onde vem a inspiração que alimenta livros impressos e textos quase diários na rede mundial de computadores. “O objetivo é pensar o contemporâneo pela via da representação poética”, afirma a coordenadora do simpósio e professora do TEL Sylvia Cyntrão.
Para o professor da Faculdade Comunicação da UnB, Sérgio de Sá, a modernidade traz liberdade no estilo e na forma de se fazer poesia. “O hibridismo é uma marca da contemporaneidade”, diz. “Mas a poesia ainda vem sendo feita nos moldes tradicionais: verso e estrofe”, explica.
O professor defende a internet como o instrumento que mais favorece a poesia na atualidade. “A poesia contemporânea está vivíssima”, afirma, “Resta ao público descobri-la”. Para ele, é preciso que os autores da atualidade criem mecanismos criativos para se inserirem nos meios de comunicação que atraem maior público, como a televisão e a internet. “Não entrar em contato com a mídia parece-me uma forma saudável de suicídio”, completa.
Já Nicolas Behr, integrante da geração mimeógrafo, que nos anos 1970 lutou contra a censura da ditadura militar, acredita que a poesia subversiva acabou incorporada à tradição. “Somos clássicos, e agora?”, perguntou à plateia. “Nós fomos contestadores, e quem vai nos contestar? Se não vier a contestação, vai ser grave”, disse. Para o poeta, uma solução para esse estado atual da poesia marginal é reinventar a própria produção literária. “A saída é romper consigo”, diz.
Um dos poetas mais esperados no simpósio, o gaúcho Fabrício Carpinejar, falou com a plateia vestindo um enorme par de óculos de lentes vermelhas. E garantiu que a feiúra foi o trampolim do sucesso de sua poesia. Cronista, jornalista e professor da Universidade do Rio dos Sinos (Unisinos), aos 37 anos já conquistou reconhecimento nacional e tem mais de 15 livros publicados. Em 2009, ganhou o prêmio Jabuti com o livro de crônicas Canalha!.
Além das publicações, ele alimenta um blog de crônicas e uma página no Twitter. No microblog, em que tem mais de 70 mil seguidores, escreve aforismos com até 140 caracteres. As frases curtas renderam um livro em 2009. Ao falar sobre a interação entre poesia e Academia, ele disse que “a poesia consegue fazer a paz na Faixa de Gaza”. Leia aqui entrevista do poeta à UnB Agência.
No primeiro dia do simpósio, o músico e produtor teatral Oswaldo Montenegro recebeu uma homenagem em reconhecimento à contribuição de seu trabalho para a cultura brasiliense. O prêmio foi entregue pelo vice-reitor da UnB, João Batista de Sousa, em cerimônia realizada no Auditório do Museu da República. “Ele tem um papel muito importante na cidade”, disse o vice-reitor. “É uma referência porque produziu muita cultura e, para muitas obras, a inspiração saiu de Brasília”.
O Grupo de Estudos de Poesia Contemporânea Vivoverso, montou o espetáculo Brasílias de Luz, a partir de poemas sobre a capital do país para presentear o artista. “Escolhemos o Oswaldo Montenegro porque ele é uma síntese da poesia de Brasília”, explicou Sylvia.
UnB Agência
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