Da união entre a poesia de Florbela Espanca e as ilustrações de Joana Rêgo nasceu 'Florbela Espanca - Antologia Poética', livro que será apresentado esta quinta feira, e que representou um «desafio» para a artista.
«Foi um desafio, além de ser uma oportunidade para conhecer melhor a obra de Florbela», reconheceu a ilustradora e editora do livro, função que desempenhou conjuntamente com Margarida Noronha.
Joana Rêgo teve «o privilégio» de participar no processo de selecção dos poemas. Embrenhado na obra poética de Florbela Espanca durante todo o verão, descobriu aqueles que mais se adequavam ao traço do seu pincel.
A tarefa de escolher um punhado de versos, confessou a ilustradora, foi bem mais complicada do que a de ilustrar as palavras da poetisa portuguesa, que morreu em 1930.
«Depois de muito pensarmos, optámos por escolher 13 poemas, seguindo alguns critérios: eleger um autobiográfico e dividir os outros em estações, optando pela sequência primavera, Outono, inverno e verão», explicou à Lusa.
Os textos «bastante femininos» adaptaram-se à sua linguagem, algo que facilitou a construção do seu primeiro livro integral.
«Estou contente com o resultado final», admitiu Joana Rêgo, que encontrou nas suas ilustrações um «certo romantismo e tom feminino», equivalente ao que se pode encontrar na obra de Florbela Espanca.
No entanto, antes de encarar o desafio de dar cor às palavras, o conhecimento que Joana Rêgo tinha da escrita da poetisa era limitado: «Comecei a interessar-me pela poesia de uma maneira mais profunda desde há cinco anos, mas a Florbela não era, de todo, a minha poeta preferida».
Para a ilustradora, licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), mestre em Pintura pelo San Francisco Art Institut, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, há um certo «preconceito» relativo à autora de Livro de Mágoas (1919) e Livro de Sóror Saudade (1923).
«As pessoas acham que ela era muito dramática e derrotista. Penso que era uma pessoa muito sensível, com poemas muito confessionais, muito sensuais», concretizou.
Mas o preconceito parece desmoronar em Florbela Espanca - Antologia Poética que, de acordo com Joana Rêgo, tem tido uma boa recepção por parte do público.
«O feedback que tenho tido é de que a obra é bastante interessante», revelou, acrescentando que quem conhece o seu trabalho como ilustradora não encontra diferenças entre as suas ilustrações de sempre e aquelas que surgem no livro.
Cortesia de SOL
«Foi um desafio, além de ser uma oportunidade para conhecer melhor a obra de Florbela», reconheceu a ilustradora e editora do livro, função que desempenhou conjuntamente com Margarida Noronha.
Joana Rêgo teve «o privilégio» de participar no processo de selecção dos poemas. Embrenhado na obra poética de Florbela Espanca durante todo o verão, descobriu aqueles que mais se adequavam ao traço do seu pincel.
A tarefa de escolher um punhado de versos, confessou a ilustradora, foi bem mais complicada do que a de ilustrar as palavras da poetisa portuguesa, que morreu em 1930.
«Depois de muito pensarmos, optámos por escolher 13 poemas, seguindo alguns critérios: eleger um autobiográfico e dividir os outros em estações, optando pela sequência primavera, Outono, inverno e verão», explicou à Lusa.
Os textos «bastante femininos» adaptaram-se à sua linguagem, algo que facilitou a construção do seu primeiro livro integral.
«Estou contente com o resultado final», admitiu Joana Rêgo, que encontrou nas suas ilustrações um «certo romantismo e tom feminino», equivalente ao que se pode encontrar na obra de Florbela Espanca.
No entanto, antes de encarar o desafio de dar cor às palavras, o conhecimento que Joana Rêgo tinha da escrita da poetisa era limitado: «Comecei a interessar-me pela poesia de uma maneira mais profunda desde há cinco anos, mas a Florbela não era, de todo, a minha poeta preferida».
Para a ilustradora, licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), mestre em Pintura pelo San Francisco Art Institut, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, há um certo «preconceito» relativo à autora de Livro de Mágoas (1919) e Livro de Sóror Saudade (1923).
«As pessoas acham que ela era muito dramática e derrotista. Penso que era uma pessoa muito sensível, com poemas muito confessionais, muito sensuais», concretizou.
Mas o preconceito parece desmoronar em Florbela Espanca - Antologia Poética que, de acordo com Joana Rêgo, tem tido uma boa recepção por parte do público.
«O feedback que tenho tido é de que a obra é bastante interessante», revelou, acrescentando que quem conhece o seu trabalho como ilustradora não encontra diferenças entre as suas ilustrações de sempre e aquelas que surgem no livro.
Cortesia de SOL
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