Sobre a poesia de António José Forte

Dizia Ernesto Sampaio em “A única real tradição viva” que “É esta a orla de um tempo onde todo o pensamento grande e rigoroso vai dar ao Inferno”.

Noutro continente, por seu turno, referia Chesterton que “Todo o encadeamento de palavras leva ao êxtase, todos podem levar ao país das fadas”. É pois entre florestas e sombras inquietantes ou surpreendentes que se movem as vozes dos Poetas, uma vez que a razia social, se acaso consente a maravilha, muito mais desejaria essas vozes perenemente sob um sol negro de amargura. Nestes tempos do fim como lhes chamou André Coyné, a Poesia move-se com dificuldade e é deslocando-se entre Sila e Caríbdis que a nave poética busca chegar a bom porto.

Não tenhamos ilusões: o Poeta que o é e não simples abonador de prestígios em verso para maior glória dos seus donos, tem sempre pela frente a insídia das horas do quotidiano policiado – mesmo sendo homem de paz – da intolerância social das aparelhagens sediadas nos pólos onde a avidez, o interesse orientado, a mesquinhez, a corrupção judicial e a fraude pública ditam as suas leis.

Para os que persistem em opor aos desvigamentos sociais do dia-a-dia uma palavra alta e clara, já Gilbert Proteau nos esclareceu qual o destino mais provável: a corda, o punhal, o garrote, as difamações geralmente impunes, o calabouço e, nos casos mais suaves, a marginalização. Aos que acaso escapam, resta em geral uma vida de dificuldades que, entre nós, se cifra na “apagada e vil tristeza” dum mundo que não pode e não quer consentir a liberdade luminosa de ser-se “profeta e aedo num país onde só querem que haja lapuzes e vilões”, para citar Manuel Carreira Viana.

A poesia de António José Forte, falecido em meados de 1988, ilustra de maneira perfeita o trajecto de quem não cede e persiste em procurar a casa encantada em cujo telhado crescem floridas excrescências carnosas, o “palácio ideal” que Cheval levou à prática e tantos outros tentam erguer ora aqui ora ali, entre bosques primordiais e estranhas muralhas de granito.

Desde o seu primeiro livro “Trinta noites de insónia de fogo nos dentes numa girândola implacável” até aos poemas finais dados a lume na Editorial Estampa, passando pelo texto que tinha como personagem nuclear Daniel Cohn-Bendit vindo a público na revista “Grifo”, imediatamente retirada de circulação pela PIDE que impediu a publicação de novos números, sente-se perpassar uma grande inquietação temperada, todavia, pela ternura dos seus melhores momentos. As imagens encadeiam-se de forma inusitada, sempre muito próximas de um “real absoluto” que punha em destaque o amor e o conhecimento do mundo onde as figuras estendiam salutarmente de mão em mão os objectos comuns como um cigarro ou uma chave.

Lembro, das conversas havidas ao velejar dos minutos ao fim da tarde ou já na noite colectiva, o interesse que Forte tinha pelos grandes mistérios da existência (pirâmides de Tenochtitlan, as construções desenhadas na planície desértica de Nazca…) e, em contraponto, os enigmas contidos na existência quotidiana habitual, que lhe pareciam ultrapassar os outros em fascínio e estranheza. Esse quotidiano onde ele “passasse a fumar/ e o fumo fosse para se ler”.

A poesia de António José Forte foi-me dada pela primeira vez a ler por Donato Faria, seu companheiro de emprego nas bibliotecas itinerantes da Gulbenkian, numa das nossas habituais reuniões (já Forte saíra de Portalegre para ir trabalhar na Casa mãe) na pensão da Rua 31 de Janeiro, frente à taberna Capote e cujas janelas de terceiro andar deitavam para o Largo da Sé – sempre repleto de gente, principalmente rapazes e raparigas alunos da Escola do Magistério Primário, nesses anos em que a cidade não mergulhara ainda na desertificação que hoje a caracteriza em geral e no casco histórico em particular.

Foi ali que este me mostrou os “Cadernos Pirâmide” da responsabilidade de Carlos Loures e Máximo Lisboa. Era a segunda vaga surrealista, que trazia nela autores como Manuel de Castro, o magnífico poeta de “Estrela Rutilante” que teria como pares, no desenho e na pintura, as explosões singulares de Mário Botas e José Escada, posto que actuassem por outras bandas.

Mergulhando inelutavelmente no sonho de todas as horas, interiores e exteriores, a poesia surrealista desses tempos, seguidos logo de outros onde mais autores se forjavam, forçava por libertar-se dos enleios do hábito, do conformismo imposto por condottieri exteriores, geralmente literatos subidos ao poder administrativamente e nele mantidos pelos mandantes dentro e fora dos órgãos de comunicação e das estantes desses lugares de massacre que demasiadas vezes são os “estabelecimentos de ensino” de alto coturno. E em que o lirismo, mais que ser apenas “um epigonismo da prisão de ventre” como Cesariny dizia com justa ferocidade, seria luz revelada na noite geral.

O lirismo de Forte, separado – por uma brusca mutação interior – daquele que ainda hoje se expande em revoadas de folhas propiciadas por tanto vate de ocasião (ou, o que ainda é pior, por operadores de safada carreira cimentada por áulicos), aspirava à realidade, essa realidade outra (surrealidade) em que as mãos, por exemplo, já não são objectos para prender os movimentos alheios mas sinal palpável de fraternal sabedoria alcançada, pomo finalmente liberto abrindo fulgores diferentes e mais autênticos.

Contra a quinquilharia que frequentemente fere o viajante, a sua poesia é susceptível de criar em quem a lê um apetite de melhor e menos banal. A sua adjectivação, que nunca bordeja as margens do efémero ou do destrambelhadamento pseudo-original, que nunca reside e se deixa cair na redundância pretensiosa mas é antes um sublinhar de adequadas iluminações, faz passar de estrofe para estrofe símbolos que extinguem a inutilidade das escritas que acatitam a leitura.

Dizia Étienne de Sénancour: “O homem é perecível; pode ser…Mas pereçamos resistindo e se, ao fim, o que nos espera é o vazio e o nada façamos com que isso seja uma injustiça”. A poesia de António José Forte, que permanece nos nossos ouvidos e na nossa cabeça muito depois de ser lida, ilustra de forma soberana como é possível lançar, aos deuses programados e programadores, o grande desafio dos que sabem ser e dar-se a si mesmos como penhor de que não foi em vão a passagem dum Poeta pelas planícies do tempo destroçado.

Por Nicolau Saião

Cortesia de TRIPLOV

Sem comentários:

Poetícia > Marcadores

Notícias (737) Poeta (655) Poesia (414) Eventos (369) Cultura (276) Poema (267) Literatura (200) Livros (158) Prémio (96) Citação (76) Pessoa (57) Brasil (54) BIO (53) CFP (51) Portugal (50) Falecimento (39) Internet (39) Lisboa (39) Arte (34) Português (34) Festival (31) Lançamento (31) Poetícia (29) Teatro (28) Exposição (26) Leitura (26) Concursos (24) IC (24) Pintura (24) Livro Raro (23) Internacional (21) Memória (21) Música (21) Revistas (21) Crónica (20) Europa (20) Feira do Livro (20) Blog (19) Camões (19) Lusofonia (19) Poesia Erótica (19) Ciclo Poetas do Mundo (18) Encontro (18) Autor (16) BN (15) Conferência (15) Cinema (14) Novos Autores (14) Entrevista (13) Livraria (13) Recital (13) Biblioteca (12) Dia Mundial da Poesia (12) Línguas (12) Sintra (12) Antologia (11) Colóquio (11) História (11) Mundo (11) Museu (11) SPA (11) PNET (10) Porto (10) Festa (9) Homenagem (9) Irene Lisboa (9) Itália (9) Andrade (8) Crianças (8) Crítica (8) DN (8) EUA (8) Política (8) Tradução (8) Triplov (8) CCB (7) Ciclo (7) Espanha (7) Espanhol (7) Espólio (7) Alegre (6) Algarve (6) Aniversário (6) António Pina (6) Artigo (6) Belo (6) CNC (6) Educação (6) Escritor (6) Espanca (6) Inédito (6) Liberdade (6) Natal (6) Poe (6) Promoção (6) Russia (6) Shakespeare (6) APEL (5) Angola (5) Botto (5) Breyner Andresen (5) Checa (5) Chile (5) Digital (5) Escrita (5) Estudos (5) Fotografia (5) Helder (5) Infantil (5) JN (5) Leilão (5) Lusiadas (5) Moçambique (5) Novalis (5) Pessanha (5) Plath (5) Quental (5) RTP (5) Torga (5) Um Poema por Semana (5) Vida (5) Whitman (5) África (5) APE (4) Alice Branco (4) Almada (4) Argentina (4) Açores (4) Baudelaire (4) Cabo Verde (4) Cervantes (4) Ciência (4) Coimbra (4) Drummond de Andrade (4) Editora (4) Ernane C. (4) Espectáculo (4) Filipe de Fiuza (4) Filme (4) Filo-café (4) Fonseca (4) Gama (4) Gulbenkian (4) Ibérica (4) Informação (4) Literacia (4) Lourenço (4) Madeira (4) Neruda (4) O'Neill (4) Pais Brandão (4) Pascoaes (4) Ramos Rosa (4) Rimbaud (4) Régio (4) Surrealismo (4) Tavira (4) Teresa Horta (4) Tolentino Mendonça (4) Universidade (4) Actualidade (3) Al Berto (3) Ameríndios (3) América (3) Arruda dos Vinhos (3) Barreiro (3) Barros (3) Borges (3) Byron (3) Carlos de Oliveira (3) Celan (3) Cesariny (3) Coreia (3) Correntes d'Escritas (3) Cursos (3) Dança (3) Debate (3) Dia Mundial do Livro (3) Economia (3) Eliot (3) Escola (3) Especial Poetícia (3) FBP (3) Fado (3) Famalicão (3) Filósofo (3) França (3) Funchal (3) Garcia Lorca (3) Gedeão (3) Goethe (3) Gomes Ferreira (3) Governo (3) Gusmão (3) Hölderlin (3) Japão (3) Jornal (3) Junqueiro (3) Júdice (3) Keats (3) Latinidade (3) Luisa Amaral (3) Mirandês (3) Mourão-Ferreira (3) Natureza (3) Nava (3) Neo-realismo (3) Nerval (3) Nietzsche (3) Nobel (3) Nova Águia (3) Ondina Braga (3) Opinião (3) Palestra (3) Paris (3) Popular (3) Pushkin (3) RAP (3) Rapper (3) Salvado (3) Saramago (3) Silves (3) Silêncio (3) Sociedade (3) Sá-Carneiro (3) Tagore (3) Tamen (3) Tasso (3) Tertúlia (3) Turquia (3) Viagens (3) Vieira (3) Walcott (3) Yeats (3) 2º Aniversário (2) Akhmadulina (2) Alagamares (2) Alentejo (2) Alighieri (2) Almeida (2) Almira Medina (2) Ar livre (2) Ariosto (2) Arquitectura (2) Artaud (2) Avis (2) Azenha (2) Bachmann (2) Bai (2) Baptista (2) Barco (2) Bashô (2) Berardinelli (2) Bienal (2) Blake (2) Bocage (2) Bolsas (2) Brecht (2) Bugalho (2) CPLP (2) Cacela Velha (2) Café (2) Caldas da Rainha (2) Campos (2) Cancioneiro (2) Cannes (2) Capital (2) Carlos Cortez (2) Carnaval (2) Carvalho (2) Casa (2) Cascais (2) Castelo Branco (2) China (2) Cidadania (2) Cidade (2) Concreto (2) Congresso (2) Conto (2) Correia (2) Costa (2) Crise (2) Cruz (2) Cruz e Silva (2) Cuba (2) Culturest (2) Cummings (2) Daniel (2) Darwich (2) Deus (2) Divulgação (2) Diónisos (2) Echevarría (2) Falero (2) Freitas (2) Fu (2) Futurismo (2) Gancho (2) Garcias (2) Gomes (2) Google (2) Gotemburgo (2) Guarda (2) Gullar (2) Hatherly (2) Herculano (2) Hikmet (2) Hip-Hop (2) Homero (2) Hughes (2) Humor (2) Ideias (2) Imagem (2) Inauguração (2) Inglaterra (2) Inovação (2) Jacinto (2) Jazz (2) John-Perse (2) José Forte (2) Jovem (2) Juyi (2) Kipling (2) Klimt (2) Lacerda (2) Lautreamont (2) Leal (2) Letras (2) Leya (2) Lima (2) Maiakovski (2) Manifesto (2) Mar (2) Margarit (2) Mediterranea (2) Momento (2) Montale (2) Moraes (2) Mostra (2) Mulher (2) Musset (2) Negreiros (2) Nemésio (2) Nobre (2) Oriente (2) Osório (2) Ovar (2) Ovídio (2) PEN (2) Petrarca (2) Piaget (2) Picasso (2) Pindaro (2) Pitta (2) Pobreza (2) Pound (2) Póvoa do Varzim (2) Qatrân (2) Quintana (2) Revolução (2) Rilke (2) Robô (2) Rock (2) Russo (2) Safo (2) Santos (2) Sarau (2) Seferis (2) Seminário (2) Sena (2) Setúbal (2) Shan (2) Shelley (2) Silva Carvalho (2) Szymborska (2) São Tomé e Principe (2) Tennyson (2) Thomas (2) Turismo (2) USA (2) Ubarana (2) Verde (2) Video (2) Wordsworth (2) Workshop (2) Zhi (2) Zimbabue (2) África do Sul (2) 1870 (1) 2012 (1) A Trama (1) ABL (1) ACAPO (1) ACAT (1) Abril (1) Academia (1) Acordo Ortográfico (1) Adoum (1) Agamben (1) Agricultura (1) Aguiar e Silva (1) Aigner (1) Akhmátova (1) Al-Mu'tamid (1) Alain Bosquet (1) Alba (1) Aleixo (1) Alemanha (1) Almedina (1) Almeida e Sousa (1) Alorna (1) Alquímia (1) Alves (1) Alves Redol (1) Alzheimer (1) Ambiente (1) Amesterdão (1) Amichai (1) Amnistia Internacional (1) Amor (1) Amália (1) América Latina (1) Anjos (1) Ankara (1) Ano Novo (1) Anónimo (1) Ap Gwilym (1) Apollinaire (1) Apostas (1) Argumento (1) Ariadna (1) Arquíloco (1) Artista (1) Associação Âncora (1) Ateliê (1) Auden (1) Avelar (1) Aventura (1) Award (1) Azevedo (1) BB (1) BD (1) Baba (1) Bacelar (1) Baena (1) Balear (1) Banco de Livros (1) Bandeira (1) Barcelona (1) Barnes and Noble (1) Bebés (1) Behbahani (1) Beira (1) Belgrado (1) Bellman (1) Bem-vindo (1) Benavente (1) Benedeit (1) Benedetti (1) Benfeita (1) Bengala Branca (1) Benn (1) Berlin (1) Bertrand (1) Bessa (1) Bicentenário (1) Bilac (1) Bioarte (1) Birds of America (1) Bishop (1) Blaga (1) Botelho (1) Braille (1) Brasilia (1) Breton (1) Brines (1) Britiande (1) Brito (1) Brito e Abreu (1) Brochado (1) Browning (1) Bueno (1) Burns (1) Buson (1) Buñuel (1) Bíblia (1) CCPE (1) CVC (1) Cabrita (1) Caeiro (1) Calderón (1) Caminhada (1) Campanha (1) Campino (1) Campion (1) Campo (1) Canada (1) Candidatura (1) Caneta (1) Canto (1) Cardenal (1) Cardiff (1) Carlos Williams (1) Carneiro (1) Carson (1) Cartas (1) Casa Mateus (1) Casais Monteiro (1) Castro (1) Catalão (1) Catroli do Carmo (1) Causas (1) Cavafy (1) Cavalcanti (1) Cegueira (1) Celebração (1) Cendrars (1) Chagas (1) Chandong (1) Char (1) Chaucer (1) Chen-Ch'ing (1) Cheng (1) Christensen (1) Chá (1) Claraval (1) Clifton (1) Cochofel (1) Coleridge (1) Comboio (1) Competição (1) Comunidade (1) Condenação (1) Convenção (1) Conversa (1) Cordelismo (1) Corona (1) Correia d'Oliveira (1) Correspondência (1) Cortesão (1) Couto Viana (1) Coyolchiuhqui (1) Crane (1) Criatividade (1) Cristina César (1) Cros (1) Cruzeiro (1) Crítico (1) Cuetzpaltzin (1) Cullen Bryant (1) Cupertino de Miranda (1) Cátedra (1) Césaire (1) César (1) Da Vinci (1) Danças com História (1) Dao (1) Data (1) De Castro (1) Delvaux (1) Denka (1) Descoberta (1) Desconhecido (1) Design (1) Desporto (1) Dia Mundial da Árvore (1) Dia de Camões (1) Dicionário (1) Dickinson (1) Direito de Autor (1) Direitos Humanos (1) Discriminação (1) Documentário (1) Dona Maria (1) Donne (1) Dramaturgo (1) Duarte de Carvalho (1) Dublin (1) Ducasse (1) Durban (1) Duro (1) Díli (1) E-learning (1) Edimburgo (1) Eduardo Lourenço (1) Efrém (1) Egipto (1) Ehoua (1) Eldár (1) Eluard (1) Eléctrico (1) Elísio (1) Emerson (1) Emigrante (1) Emilio Pacheco (1) Emílio Pacheco (1) Encontro Internacional de Poetas (1) Ensaio (1) Ensino (1) Equador (1) Erba (1) Escultor (1) Escultura (1) Eslováquia (1) Eslovénia (1) Esoterismo (1) Espaço (1) Espírito Santo (1) Esquilo (1) Estatística (1) Europeana (1) Exclusão Social (1) Experiências (1) Exportação (1) Facebook (1) Fantástico (1) Faraz (1) Faria (1) Farrokhzad (1) Feijó (1) Feira (1) Felipe (1) Felício (1) Feminino (1) Figueiredo Sobral (1) Fim (1) Fim de Poetícia (1) Fliporto (1) Florença (1) Floriano Martins (1) Formação (1) Francês (1) Frei (1) Freire (1) Freixo de Espada à Cinta (1) Friol (1) Frost (1) Frágil (1) Fundação (1) Fundação Calouste Gulbenkian (1) Fundação Inês de Castro (1) Futebol (1) Fábrica (1) Férin (1) Fórum (1) Galeria (1) Galêgo (1) Garrett (1) Gelman (1) Gil (1) Godward (1) González (1) Grade (1) Granada (1) Gratuito (1) Graves (1) Graça Moura (1) Graça de Abreu (1) Grimshaw (1) Grã-Bretanha (1) Grécia (1) Guerra Colonial (1) Guimarães (1) Guiness (1) Guiné-Bissau (1) H.D. (1) Hadfield (1) Haiku (1) Heaney (1) Henriques (1) Heraclito (1) Hino de Portugal (1) Holanda (1) Holub (1) Homem de Mello (1) Hugo (1) Huigen (1) Humanidade (1) IPLB (1) ISPA (1) Importação (1) Inscrições (1) Inés de la Cruz (1) Inútil (1) Iraque (1) Islão (1) Istambul (1) Jacob (1) Jamís (1) Jay-Z (1) Jordânia (1) Jorge (1) Jornal de Letras (1) Jornalismo (1) José Borges (1) Joyce (1) Kahlo (1) Khayyam (1) Khonds (1) Klopstcock (1) Knopfli (1) Kobayashi (1) Komrij (1) Kontrastes (1) Kundera (1) Kung (1) Kwesi Johnson (1) La Féria (1) Lagos (1) Lamartine (1) Lamego (1) Lasker-Schuler (1) Laučik (1) Laâbi (1) Lei (1) Leitor (1) Lello (1) Lempicka (1) Leopardi (1) Lermontov (1) Letras Eternas (1) Lima Freire (1) Limaverde (1) Lituânia (1) Livreiros (1) Livro de Bolso (1) Llansol (1) Lobato Faria (1) Logau (1) Londres (1) Longfellow (1) Lopes (1) Lopes Mota (1) Louis Stevenson (1) Loulé (1) Luanda (1) Lucas (1) Lun (1) Lusa (1) Luxenburgo (1) Luz (1) Luís Mendonça (1) Luís Tavares (1) Lêdo Ivo (1) MRR (1) MacMhuirich (1) Macedo (1) Machico (1) Madrid (1) Mafra (1) Magaia (1) Magritte (1) Mallarmé (1) Mandelstam (1) Manguel (1) Manjas (1) Manuscrito (1) Maputo (1) Maratona (1) Margarido (1) Marginal (1) Maria Lisboa (1) Martins (1) Martí (1) Mascarenhas (1) Matisse (1) Matos e Sá (1) Matosinhos (1) Mavila (1) Mecenato (1) Mensagem (1) Menéres (1) Mercado Livreiro (1) Merini (1) Millares Sall (1) Milosz (1) Milton (1) Ministério da Cultura (1) Mirabai (1) Mistral (1) Mondrian (1) Monroe (1) Montecinos (1) Montejo (1) Moore (1) Morrison (1) Mota (1) Multimédia (1) Máquinas de Escrever (1) Narek (1) Nascimento (1) Nave (1) Nazaré (1) Nejar (1) Neto (1) Neto Jorge (1) Neves (1) Nexe (1) Noite (1) Nova Era (1) Nova Yorque (1) Nova Zelândia (1) Novidade (1) Novo (1) Nuove Voci (1) Náutica (1) O'Hara (1) ONU (1) Obama (1) Oeiras (1) Olhão (1) Onestes (1) Opera (1) Outono (1) Oxford (1) PLAV (1) Pacheco (1) Palavra (1) Palavra Ibérica (1) Palmela (1) Pampano (1) Paraná (1) Paraty (1) Pardal (1) Parfums de Lisbonne (1) Parménides (1) Parque (1) Pashtun (1) Pasolini (1) Passeio (1) Passos (1) Pasternak (1) Patraquim (1) Património (1) Pavese (1) Paz (1) Pecora (1) Pedro Guisado (1) Pedrosa (1) Peniche (1) Penna (1) Pereira Dias (1) Personalidades (1) Petição (1) Pigmeus (1) Pignatari (1) Pinter (1) Pinto do Amaral (1) Pires Cabral (1) Pitágoras (1) Piva (1) Pizarnik (1) Pluresia (1) Poema Visual (1) Poesia Experimental (1) Poesia Visual (1) Poetria (1) Poetry Slam (1) Poiesis (1) Polegatto (1) Popa (1) Pope (1) Portal (1) Portalegre (1) Portugal Telecom (1) Portuguesia (1) Postal (1) Powell (1) Praga (1) Presidência (1) Primavera (1) Projecto (1) Prosa (1) Prévert (1) Psicanálise (1) Psicologia (1) Pucheu (1) Pulquério (1) Quadros (1) Quasimodo (1) Queiroz (1) Qunanbayuli (1) Rasteiro (1) Realismo (1) Rebordão Navarro (1) Recorde (1) Rede Social (1) Reflexão (1) Rei (1) Reid (1) Reis (1) Reis Pereira (1) Relatório (1) Religião (1) Renoir (1) Reportagem (1) República (1) Resende (1) Residência (1) Reunião (1) Reznikoff (1) Ribatejo (1) Ribeiro (1) Rio Maior (1) Rio de Janeiro (1) Rios (1) Riqueza (1) Rita Lopes (1) Robbe-Grillet (1) Rocha (1) Rodrigues (1) Rojas (1) Rossetti (1) Rua (1) Rui de Sousa (1) Rumi (1) Russa (1) Rússia (1) Sa Du La (1) Saba (1) Sabrosa (1) Salazar Sampaio (1) Samba (1) Sameiro Barroso (1) Sanguineti (1) Sant'Anna (1) Santo Tirso (1) Saraiva (1) Sarajlic (1) Sartes (1) Scott-Heron (1) Seixal (1) Selene (1) Sepé Tiaraju (1) Serralves (1) Sertã (1) Sesc (1) Sexo (1) Sfinx (1) Shang-Yin (1) Shibata (1) Shiki (1) Shiking (1) Simões Dias (1) Soares de Passos (1) Soei (1) Solidariedade (1) Sousa Santos (1) Spoken Word (1) Stein (1) Stevens (1) Suicídio (1) Swenson (1) Swinburne (1) São Brás de Alportel (1) São João da Madeira (1) São Luis (1) São Paulo (1) Século XXI (1) Sénior (1) Sófocles (1) Tafdrup (1) Talento (1) Tao Yuanming (1) Tarkovskii (1) Teatro Negro (1) Tecnologia (1) Tejo (1) Teleutas (1) Televisão (1) Telles de Menezes (1) Terapia (1) Terra (1) Terras do Bouro (1) Textualino (1) Thiruvalluvar (1) Tibério (1) Timor (1) Tizatlan (1) Tokyo (1) Tordesilhas (1) Torneio (1) Torres Filho (1) Tovar (1) Trakl (1) Tranströmer (1) Tsvetayeva (1) Turco (1) Tzara (1) (1) UEP (1) UNESCO (1) UNICEPE (1) Ungaretti (1) União (1) Urbana (1) Valentino (1) Valmiki (1) Valéry (1) Veneza (1) Venezuela (1) Verlaine (1) Vigo (1) Vila Franca de Xira (1) Vila Nova de Cerveira (1) Vila Nova de Foz Côa (1) Vila Real de Santo António (1) Vilaret (1) Villon (1) Virgílio (1) Virgínio (1) Volte-Face (1) Voznessenski (1) Walser (1) Web-Jornal (1) Well (1) Whittier (1) XL (1) Xi (1) Yesenin (1) Yevtushenko (1) Yoka (1) You (1) Yuan (1) Zambrano (1) Zaratustra (1) Zuhyar (1) Zunhis (1) de la Vega (1) von Bingen (1) we are more (1) Árabe (1) Épico (1) Índia (1)