Que o meu o peito, ia dizer, o meu coração,
o chão pisoteado das arenas, meu coração.
As minhas mãos. Secas as minhas mãos.
Dedos nodosos. Diáfanas mãos anosas.
E a minha visão. Ah, a minha visão:
que primeiro e antes, como se através de um anteparo.
Depois... Depois um sujo e brumoso véu.
Que a mimha voz. A minha voz entrecortada.
Um estertor quase. Agônica a minha voz.
Cuido que tal e qual desse jeito. Ainda.
Até que na calmosa noite, eu esgazeado, diverso de mim.
Assim. Assim. Assim.
Sou eu? Sou eu? Sou eu?
Quem sou eu? Quem sou eu? Quem sou eu?
O Silêncio.
Clausura
De onde em mim eu pinço um desejo,
me vens assim feitorando o meu dia.
Reconhecível este teu ar de anjo atípico
e uns olhos castanhos pedintes do que sei
e só posso através de gestos e palavras estudadas.
Sou fugitivo de mim até onde posso ou resisto.
Onde me encontrares, estarei recolhido como broto ou feto
quando o que é de depois se intui.
E é da borda para o centro de um desejo:
De longe, olho os teus grandes olhos.
Algoz
Abril. Lua nova. Baça.
E eu disposto à benignidade.
Um sentimento por sinal discutível
porque é antes, desejo de inquirição e busca:
os lugares secretos, os escaninhos de sua alma
que tanto persigo e sempre me fogem
quando de sua saúde inalterada.
E fico a desejar-lhe uma doença longa.
De preferência, quase fatal.
Com a plenitude da minh'alma,
Os frangalhos do coração:
queria lhe dizer ainda.
Poemas inéditos de Ernane C., poeta Brasileiro, natural de Minas Gerais, funcionário público de profissão.
De onde em mim eu pinço um desejo,
me vens assim feitorando o meu dia.
Reconhecível este teu ar de anjo atípico
e uns olhos castanhos pedintes do que sei
e só posso através de gestos e palavras estudadas.
Sou fugitivo de mim até onde posso ou resisto.
Onde me encontrares, estarei recolhido como broto ou feto
quando o que é de depois se intui.
E é da borda para o centro de um desejo:
De longe, olho os teus grandes olhos.
Algoz
Abril. Lua nova. Baça.
E eu disposto à benignidade.
Um sentimento por sinal discutível
porque é antes, desejo de inquirição e busca:
os lugares secretos, os escaninhos de sua alma
que tanto persigo e sempre me fogem
quando de sua saúde inalterada.
E fico a desejar-lhe uma doença longa.
De preferência, quase fatal.
Com a plenitude da minh'alma,
Os frangalhos do coração:
queria lhe dizer ainda.
Poemas inéditos de Ernane C., poeta Brasileiro, natural de Minas Gerais, funcionário público de profissão.
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