BIO - Ovídio


A mudança radical vivida pelos homens entre a maravilhosa Idade do Ouro e a desgraçada Idade do Ferro abre o celebrado poema épico de Públio Ovídio Nasão que retrata a saga mitológica da criação do mundo, desde os tempos primeiros até a época de Júlio César. O autor considerado um dos maiores poetas de todos os tempos, registrou em versos a estranha sensação que quase sempre acompanha a humanidade desde então: a eminência de vir a perder tudo, afogada num grande dilúvio.

Publius Ovidius Naso, poeta latino, é mais conhecido nos países de língua portuguesa por Ovídio. Nasceu em 20 de Março de 42 a.C. em Sulmo, actual Sulmona, em Abruzos, Itália. Vivia uma vida boémia, sendo admirado como um grande poeta. No ano 8, foi banido de Roma pelo imperador Augusto por causa de seu livro A Arte de Amar (Ars Amatoria), considerada imoral por Otávio Augusto, o que lhe causou um profundo desgosto até o final de sua vida. Foi nessa época que Ovídio escreveu a sua obra mais famosa: Metamorfoses (Metamorphoses), escrita em hexâmetro dactílico, métrica comum aos poemas épicos de Homero e Virgílio.

Apreciado como um dos maiores poetas da latinidade, Ovídio permanece ao lado de Virgílio até os dias actuais. Se outros escritores latinos continuam citados, como Cícero, estes dois têm edições de suas obras principais sempre publicadas e com novas traduções em diferentes países do Planeta. O poeta de Eneida, mais com suas Bucólicas; o poeta de Tristia, mais com seu Ars Amatória. São dos fundadores da civilização que herdamos, mas mesmo com o sucesso de suas obras, vão cada vez mais reduzidos aos Cursos de Letras Neolatinas, com acentuada e crescente perda de nossa personalidade linguístico-cultural.


Os seus mais recentes tradutores, em Língua Portuguesa, Natália Correia e David Mourão-Ferreira: “Ovídio foi um poeta de grandes qualidades. Contemporâneo de figuras importantíssimas da Literatura Latina, tais como Vergílio e Horácio, não se deixou ofuscar por eles e soube conquistar seu espaço próprio no mundo literário romano. Para isso contribuíram a sua enorme cultura, o seu virtuosismo no manejo do verso, a facilidade que tinha para escrever sobre diferentes assuntos, a facilidade de agradar ao público e, sobretudo, seu talento incomparável, capaz de dirigir-lhe o espírito brilhante, perspicaz e irreverente.” Vale registrar nesta breve anotação, crítica de A. J. da Silva Azevedo, em Humanitas, 2ª. edição, Ed. Saraiva, 1948:”Espírito brilhante e frívolo – podemos chamá-lo um poeta cem por cento. Cultura completa (não foi em vão que estudou Retórica) tornou-se o poeta da moda. Os estudos de Filosofia em Atenas outorgaram-lhe uma vastíssima visão dos problemas do Mundo. Os eruditos amavam-no. A sua frivolidade popularizou-o mais ainda. Sonhava realizar trabalho de fôlego, tendo deixado inacabadas duas obras (Metamorfoses e Fastos) devido à desgraça do exílio.” Este crítico o chama de poeta da elegia trágica.Existe, entre outras, a tradução de Ars Amatoria/Ars Amandi por António Feliciano de Castilho, que, segundo os tradutores do excerto de poema aqui reproduzido, “se valeu de versos alexandrinos e de rima paralela...” Existem traduções em várias outras línguas e algumas em prosa.


O livro, escrito nos primeiros anos desta era, compõe-se de três partes. Os poemas tratam de técnicas de conquista por parte das mulheres, e nisso o Poeta trata da apresentação social, pintura, postura no andar, no falar e até em escrever cartas. Vale a pena, portanto, ser lido e apreciado em vários de seus aspectos literários e mesmo históricos. O segundo livro é dirigido ao sexo masculino, que assim termina:”A todos aqueles que felizes venceram, / com a ajuda do gládio que de mim receberam, / uma bela amazona, nos seus troféus inscrevam: Ovídio foi meu mestre.”


No mesmo Arte de Amar, entre tantas “tiradas” sobre o amor e o amar, esta: “Abomino a mulher que se entregou / apenas porque tem de se entregar e que nenhum prazer experimentando / frigidamente faz amor pensando / no novelo de lá.” (op. cit.)Escreveu, em Remédios do Amor, sobre ser criticado: “Nuper enim nostros quidam carpsere libellos / quorum censura Musa proterva meat: / dummodo sic placeam, dum toto canter in orbe, / quod volet, impugnent unus et alter opus!” (Há pouco, alguns criticaram meus livrinhos espalhando que minha Musa é libertina. Contanto que eu agrade, contanto que eu seja elogiado em todo o mundo, um ou outro, se quiser que ataque meu poema...”).


Os seus poemas podem ser líricos, libertinos, irónicos. Por motivos ainda não bem definidos, o Poeta de Tristia e de Metamorfose foi exilado de seu país. Frequentava o palácio do Imperador Augusto onde, como até hoje, imperam fofocas, intrigas, amores. E as censuras e comentários sobre suas criações tidas como licenciosas acabaram por levar o Imperador a decidir pelo banimento de Ovídio para o Ponto Euxino, costa do Mar Negro, região distante de Roma. De lá de onde ele jamais voltou, escrevendo sempre a sua esposa, amigos e ao mesmo Imperador.


Ovídio, o grande vate romano, teve, até aos cinquenta anos de idade, tudo o que um poeta pode almejar: fama, fortuna e um grande sucesso entre as mulheres. Foi então que um raio imperial o alcançou. Um decreto com o lacre de Augusto jogou-o, desterrado, para bem longe de Roma. O imperador, sempre cioso em manter uma fachada de respeitabilidade, encontrou entre os pertences da sua ex-mulher, Júlia, vocacionada à libertinagem, a Ars amatoria (A arte de amar) de Ovídio. Tratava-se de um manual de intriga e sedução escrito em versos, provavelmente no princípio do ano I, a quem o novo César atribuiu os desatinos da ex-imperatriz. Além disso, a dissolução dos costumes era combatida oficialmente pelos censores e demais magistrados. Na tentativa de manter elevada a fidelidade aos valores do Estado romano. Do dia para noite, a atrevida vida mundana de Ovídio, que trafegava nas serestas romanas como o desembaraço de um verdadeiro soberano da letras latinas (a maioria dos grande poetas, como Virgílio, Propércio e Horácio, havia morrido), fora-se para sempre. O poeta, já no caminho do exílio para Tomos, um distante lugarejo na costa do Mar Negro, onde ele veio a falecer nove anos depois, no ano 17, não poupou lágrimas e choramingas mil - registradas no seu Tristia, uma interminável lamuria - na tentativa de demover o senhor de Roma a rever a punição. Nem quando Augusto morreu, no ano 14 , ele pode manter as expectativas de um retorno. O sucessor dele, o sisudo Tibério, também casara com uma doidivanas, cultora de Vénus, a quem os intrigantes diziam ter também aspirado as estrofes envenenadas de erotismo do pobre exilado. Assim, o poder esqueceu-se de Ovídio. Mas, felizmente, não o mundo das letras.


Ovídio influenciou com seus versos, cheios de suavidade e harmonia, autores tão diversos como Dante, Milton e Shakespeare. Ovídio é um clássico que exerceu grande influência na revitalização da poesia bucólica e mitológica do Renascimento.

1 comentário:

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