O Jornal de Letras (JL), que saiu à rua pela primeira vez a 3 de Março de 1981, publicou hoje a sua 1000ª edição.
À Agência Lusa, o director do Jornal de Letras, Artes e Ideias desde o seu início, José Carlos Vasconcelos, declarou que o título continua activo na valorização da cultura e da língua portuguesas, mas considerou que o futuro tem de passar pela comunidade lusófona.
Hoje em dia «o papel do JL mantém-se quer pelo acervo moral e material, quer por não ter paralelo ao procurar sempre valorizar a cultura, a língua e os autores portugueses», disse José Carlos Vasconcelos.
Embora tenha nascido para «preencher uma lacuna», já que na altura «não havia revistas nem suplementos ligados à área da cultura», o JL continua a ter uma média de 12 a 13 mil compradores por edição.
«Não há paralelo ao JL, porque o jornal procura sempre valorizar a efectiva novidade e os autores que aparecem pouco nos outros meios», explicou o director.
No entanto, e numa época em que todos os grupos de media sofrem dificuldades financeiras, o JLreconhece ser necessário ganhar outra importância.
«As ameaças económicas não estão afastadas, mas espero que seja reconhecida a importância do jornal», nomeadamente «ao nível da lusofonia e do que deve ser a comunidade lusófona», disse José Carlos Vasconcelos.
Com quase 29 anos de existência, o JL teve vários momentos marcantes, mas apenas uma vez publicou uma edição extra. «Dos momentos mais relevantes faz parte o dia em que José Saramago recebeu o Prémio Nobel da Literatura», sublinha o director, lembrando que o escritor defendeu que fosse dado estatuto de utilidade pública à publicação.
A 1000ª edição, especial, conta com textos e colaborações de figuras que foram (ou são) colunistas e colaboradores do título.
Entre os colaboradores desta edição contam-se Agustina Bessa-Luís, Alexandre O'Neill, António José Saraiva, António Mega Ferreira, David Mourão-Ferreira, Eduardo Prado Coelho, Fernando Assis Pacheco, Francisco José Viegas, Guilherme d'Oliveira Martins, Inês Pedrosa, José Cardoso Pires, José Saramago, Júlio Pomar, Lídia Jorge, Manuel Maria Carrilho, Mário de Carvalho, Urbano Tavares Rodrigues, Vasco Graça Moura e Vergílio Ferreira, entre outros.
O JL é detido pelo grupo de media Impresa e publica quinzenalmente informação especializada nas diversas áreas da cultura como literatura, teatro, cinema e música.
Cortesia de Lusa
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