António Ramos Rosa foi o poeta indicado pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) para a 18ª edição do Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana, um dos galardões literários de maior prestígio no espaço hispânico.
A candidatura de Ramos Rosa ao prémio teve em conta, segundo nota da SPA, "a grandeza e a representatividade" da obra do autor de "O Ciclo do Cavalo" e o "Incêndio dos Aspectos", entre outros títulos de uma vasta bibliografia poética.
Já no ano passado, a cooperativa de autores apresentara a candidatura de Ramos Rosa ao prémio, que tem a dotação pecuniária de 42100 euros. Sophia de Mello Breyner Andresen foi a vencedora na edição de 2003.
Em declarações à Lusa, José Jorge Letria, da direcção da SPA, salientou haver "todas as razões" para o nome de Ramos Rosa ser pela segunda vez proposto, consideradas "a qualidade, a continuidade e a estabilidade" da obra do poeta. É esta a primeira vez que o nome de um candidato português é proposto duas vezes consecutivas ao prémio.
Em edições anteriores foram distinguidos, além da poetisa de "Livro Sexto", os espanhóis José Hierro, José Angel Valente, Antonio Gamoneda e José Manuel Caballero Bonald, o brasileiro João Cabral de Melo Neto, o colombiano Álvaro Mutis, o uruguaio Mario Benedetti e o chileno Nicanor Parra.
Além do prémio pecuniário, assinala a SPA, o vencedor "verá a sua obra antologiada, analisada nas jornadas de estudo na Universidade de Salamanca e consagrada com um recital no Palácio Real de Madrid".
O galardão tem por objectivo distinguir o conjunto da obra poética de um autor vivo que, pelo seu valor literário, constitua uma contribuição relevante para o património cultural partilhado pela comunidade ibero-americana.
Ramos Rosa, 85 anos, nascido em Faro, é um dos mais conceituados poetas portugueses, autor de uma vasta obra poética em que avultam títulos, muitos deles premiados, como "O Grito Claro", "Sobre o Rosto da Terra", "Estou Vivo e Escrevo Sol", "A Construção do Corpo", "A Pedra Nua", "Ciclo do Cavalo", "O Incêndio dos Aspectos", "Figuras Solares", "O que não pode ser dito" e "Génese seguido de Constelações".
Dos livros de ensaio que publicou destacam-se "Poesia, liberdade livre" e "Incisões Oblíquas: estudos sobre poesia portuguesa contemporânea".
Cortesia de O Público
1 comentário:
A POÉTICA DA OBRA
A minha Obra, relevante e com a devida modéstia, daí escrevê-la com maiúscula, desenvolve-se há mais de vinte anos a esta parte, começou pelo manuscrito e depois pelo processamento e sempre enviada por correio postal para destinatários próximos e de referência, encontra-se, parte relevante desta, depositada e em vias de ser inventariada e organizada na Biblioteca do Centro Nacional de Cultura, desenvolvida, depois, por e-mail e prossegue, por fim, no meu blogue, tanto nas suas primeiras páginas como no interior das suas caixas de reflexão e em interacção com quem nelas escreve, em interacção com outros blogues também, num contínuo que, felizmente, não conhece descanso.
É o meu nome este, o mesmo com que assino as minhas reflexões que aqui se plasmam.
Não pseudónimo mas nome próprio!
E-mail: latino_ferreira@sapo.pt
Blogue:
http://a-musica-das-palavras.blogspot.com
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 24 de Fevereiro de 2009
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