O Pai do Cordelismo

A história de um poeta descrito por Carlos Drummond de Andrade como o rei da poesia do sertão e do Brasil em estado puro. Leandro Gomes de Barros é considerado o pai do cordel no Brasil. Paraibano da zona rural, ele escreveu histórias lidas até hoje, quase um século depois da sua morte.

“Foi no autódromo de Ímola
Grande Prêmio italiano
Dia primeiro de maio
De noventa e quatro o ano
Que trouxe tristeza e pena
Acabando Ayrton Senna
Neste desastre tirano”

Homenageado neste cordel, Ayrton Senna é até hoje para muitos brasileiros o número um do automobilismo. Na literatura de cordel, o poeta também considerado número um, começou a arriscar suas rimas na paisagem do sertão paraibano.

Da Serra do Teixeira saíram muitos cantadores e poetas. Segundo alguns pesquisadores, a região é o berço da literatura de cordel. Se lá é o berço, o pai é Leandro Gomes de Barros.

Leandro é descrito pelo folclorista Câmara Cascudo de um jeito carinhoso: "Baixo, grosso, de olhos claros, bigodão espesso, cabeça redonda, meio corcovado, risonho contador de anedotas, tendo a fala cantada e lenta do nortista, parecia mais um fazendeiro que um poeta. Pleno de alegria, de graça e de oportunidade".

Em Pombal, cidade paraibana onde nasceu, Leandro virou nome de rua. Virou também a cabeça da professora de literatura Ione Severo, que fez uma tese sobre o primeiro poeta do cordel. “Começou daqui. É uma honra para mim, mas me acho também na obrigação de fazer quase um resgate aqui em Pombal da história de Leandro”, disse a professora.

Leandro Gomes de Barros nasceu no Sítio Melancia. Da casa onde ele morou, não sobraram apenas tijolos e entulho. “Conseguimos um desenho de como era esta casa. Estamos tentando que o atual dono faça um monumento aproveitando esse material e tijolos antigos, para valorizar a memória de Leandro”, comentou Ione.

Hoje, quem toma conta do sítio é Francisco Sá Linhares. Ele contou o pouco que sabe sobre Leandro: “Ele nasceu em 1865, saiu daqui em 80. Aí pronto. É só o que eu sei contar. Diz que ele era escritor, mas não li nenhum folheto de cordel, não”.

Em outro sítio, moram alguns parentes de Leandro. Genival Formiga de Souza é o sobrinho-bisneto do poeta. O pai dele, Manoel Pedro de Souza, falecido em 2002, contava histórias sobre o antepassado ilustre. “Seu Manoel contava que todo mês de dezembro o Leandro Gomes de Barros mandava de Recife, num jumento, duas cargas de folhetos para família dele vender aqui. Ele costumava dizer que não dava para nada, que no final do dia não tinha mais um folheto. Assim eles se sustentavam”, explicou a professora Ione.

Para Genival, o dom da poesia parou em Leandro Gomes de Barros, por mais que a família quisesse criar outros ‘Leandros’. “Meu pai botou o nome no meu irmão de Leandro pra ver se saia poeta. Saiu que nem sabia assobiar”, brincou seu Genival.

Mas como será que Leandro Gomes de Barros, de família iletrada, virou o grande poeta popular? Ione resume um pouco da história: “Ele saiu do Sítio Melancia acompanhado de um padre da época que o levou para Teixeira, aos 12 anos. A gente sabe que os padres são eruditos, têm muitas leituras, têm uma biblioteca. Imagina-se que Leandro se apropriou dessas leituras, mesmo que poucas, para se escolarizar. Lá ele encontrou cantadores e poetas da época. Eles se juntavam para cantar. Ele foi o primeiro a imprimir na sua própria casa, a vender na sua própria casa e a divulgar pra todo o Nordeste, para todo o Brasil”.

Quando começou a imprimir seus poemas, a publicação se chamava simplesmente folheto. O nome cordel veio depois, como conta Gonçalo Ferreira da Silva: “O verbete surgiu em 1881, por ocasião da publicação do dicionário contemporâneo de Caldas Valente em Portugal”.

No dicionário, cordel aparece como “cordão, guita, barbante”. Literatura de cordel: “conjunto de publicações de pouco ou nenhum valor”. Na época, os próprios poetas não aceitavam essa denominação. Aos poucos foram se acostumando. Hoje, quase não se vê mais o folheto à venda pendurado em barbante, mas o nome cordel pegou.

Os folhetos de Leandro viraram clássicos. Além de O Cachorro dos Mortos, Vida de Canção de Fogo e seu Testamento, História da Donzela Theodora, Vida de Pedro Cem. Alguns deles temperaram a obra de um morador de Recife: o dramaturgo e romancista Ariano Suassuna.

“A minha peça mais conhecida, o Auto da Compadecida, é fundamentado em três folhetos da literatura de cordel. O primeiro ato é baseado em um folheto chamado O Enterro do Cachorro, que depois se descobriu que era de autoria de Leandro de Barros e era um pedaço de um folheto chamado O Dinheiro”, explicou Suassuna.

O Testamento do Cachorro conta a história de um padre, subornado para fazer o enterro de um cachorro. Veja no vídeo como ficam os versos originais que inspiraram Suassuna com as cenas do filme o Auto da Compadecida.

“O segundo é um folheto chamado O Cavalo que Defecava Dinheiro, que também é de Leandro Gomes de Barros. O terceiro é baseado em um folheto chamado O Castigo da Soberba, que é de um grande poeta chamado Silvino Pirauá.

Leandro Gomes de Barros morreu em 1918, deixando centenas de títulos de cordel. A história dos direitos autorais de sua obra mostra que pirataria é problema antigo. É o que contou em São Paulo o doutor em literatura Aderaldo Luciano:

“A viúva acabou vendendo os direitos da obra de Leandro para o João Martins de Athayde. Costumo dizer que o João Martins de Athayde queria ser Leandro Gomes de Barros. E realmente conseguiu ser, porque ao comprar a obra de Leandro, ele começou a publicar como editor-proprietário, depois ele tira o título de proprietário, fica só editor. Depois ele tira o título de editor e fica apenas João Martins de Athayde.”

Em Pombal, a terra de Leandro, encontramos Ione vendendo os livretos na feira. Seu cunhado, Francisco de Oliveira, imita os poetas antigos, declamando versos para atrair comprador.

“Eu que nunca fui medroso
Apenas muito assombrado
Quis correr, porém não pude
Porque estava entrevado
Depois subiu a caatinga
Baixou dez urubus tinga
E eu vi que estava cagado”

“Meu objetivo não é ganhar dinheiro. Mas é fazer com que esses poetas não sejam esquecidos. Que eles sejam lidos, relidos, recontados por aí afora”, concluiu a professora Ione.

Cortesia de Globo Rural

1 comentário:

wilton prof disse...

por si só são imortais
os poetas menestréis
existirão para sempre
nos folhetos de cordeis
mas é preciso que essa arte
se espalhe por toda parte
não fique só nos papeis

não se muda o discurso
e nem quem o represente
é certo que o cordelismo
hoje em dia é diferente
mas os mestres do passado
deixarão o seu legado
como inspirarão pra gente


agora mudou o tema
se fala em exterior
sobre ataque terrorista
revolta e ditador
os países se invadem
e ate Osama Binladem
teve fim ,veja o senhor.

embora o mundo mude
nosso cordel continua
falando em pról do povo
mostrando a verdade crua
e seguira nessa linha
graças a ajuda minha
e também ajuda sua.

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